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DA QUADRAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 30-5-2011.
Aos trinta dias do mês de maio do ano de dois mil e onze,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia e Toni
Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores
Aldacir José Oliboni, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon e Waldir Canal. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº
020/11 (Processo nº 2066/11), de autoria do vereador Beto Moesch, deferido pela
senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, amanhã, em atividade da X Semana Acadêmica da Faculdade de
Engenharia e Arquitetura da Universidade de Passo Fundo, no Município de Passo
Fundo – RS. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 6581, 6703,
7371, 7424, 8257, 8330 e 10449/11, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Durante
a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima
Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta,
Vigésima Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira,
Trigésima Segunda, Trigésima Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta,
Trigésima Sexta, Trigésima Sétima e Trigésima Oitava Sessões Ordinárias, da
Quinta Sessão Extraordinária e da Primeira, Segunda e Terceira Sessões Solenes.
Após, o vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca de acordo firmado entre
o Executivo Municipal e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre. A
seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à senhora
Joseane Machado de Oliveira, do Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial – CNTL/SENAI, que discorreu sobre o papel
exercido pelo SENAI na disseminação de tecnologias limpas de produção. Durante
o pronunciamento da senhora Joseane Machado de Oliveira, foi realizada
apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Em continuidade,
nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores João Carlos Nedel,
Engenheiro Comassetto, Bernardino Vendruscolo, Toni Proença e Elói Guimarães
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, o
vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando o encaminhamento ao Governo Municipal do material
atinente ao período de Tribuna Popular da presente Sessão. Às quatorze horas e
quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quatorze horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência
de quórum. Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador
Tarciso Flecha Negra, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de
hoje. Após, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Nilo Santos, solicitando alteração
na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do sétimo aniversário da
Igreja Pentecostal Assembleia de Deus Ministério Restauração, nos termos do
Requerimento nº 036/11 (Processo nº 2079/11), de autoria do vereador Nilo Santos.
Compuseram a Mesa: o vereador DJ Cassiá, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal
de Porto Alegre; os senhores Humberto Schimitt Vieira, Guaracy Rodrigues
Fernandes e Silvio Luiz da Silveira Machado, respectivamente Presidente, 1º e
2º Vice-Presidentes da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus Ministério Restauração;
e a senhora Ana Schimitt Vieira, esposa do senhor Humberto Schimitt Vieira. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Nilo Santos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Elias Vidal. A seguir, o senhor Presidente concedeu a
palavra ao senhor Humberto Schimitt Vieira, que agradeceu a homenagem prestada
por este Legislativo. Às quinze horas e dezenove minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e um
minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os
vereadores Engenheiro Comassetto, Mario Fraga, Fernanda Melchionna, João Carlos
Nedel, este em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador Haroldo de Souza,
e João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Mario Fraga, Nilo Santos, Aldacir José Oliboni, Idenir Cecchim, Adeli Sell, este pela
oposição, Reginaldo Pujol e Pedro Ruas. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se a
vereadora Sofia Cavedon. A seguir, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João
Antonio Dib, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão.
Às dezesseis horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
016/11 (Processo nº 1259/11), por quinze votos SIM, oito votos NÃO e duas
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo
votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Mario
Fraga, Mario Manfro, Pedro Ruas e Toni Proença, votado Não os vereadores Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Waldir Canal e optado pela Abstenção os
vereadores DJ Cassiá e João Antonio Dib. Na oportunidade, em face de Questão de
Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, a senhora Presidenta prestou
esclarecimentos acerca do encaminhamento à votação do Requerimento nº 016/11,
tendo o vereador Reginaldo Pujol informado que apresentaria recurso atinente ao
assunto e tendo a senhora Presidente determinado que o referido recurso fosse
apresentado por escrito. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Executivo nº 055/10 (Processo nº 4234/10), após ser encaminhado à
votação pelos vereadores Luiz Braz, Engenheiro Comassetto, Mario Fraga,
Professor Garcia, DJ Cassiá, Reginaldo Pujol e Airto Ferronato e pela vereadora
Fernanda Melchionna. Também, foram apregoados os seguintes documentos,
deferidos pela senhora Presidente, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo: Memorando nº 007/11, de autoria da vereadora Maria
Celeste, hoje, no 1º Seminário Abordando a Abordagem Policial, às quatorze
horas, no Auditório do Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre; e
Requerimento s/nº, de autoria do vereador Mauro Pinheiro, hoje, em Audiência
Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul sobre
Empreendorismo e Economia Solidária, no Palácio Farroupilha, em Porto Alegre.
Na oportunidade, em face de Questões de Ordem formuladas pelo vereador Reginaldo
Pujol, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca das Representações
Externas apregoadas durante a presente Sessão. Após, foi apregoado Requerimento
de autoria do vereador Paulinho Rubem Berta, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no dia vinte e cinco de maio do corrente. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução nº 004/11 e o Projeto
de Lei do Legislativo nº 078/10 (Processos nos 0201/11 e 1652/10,
respectivamente). A seguir, foi apregoado o Ofício nº 481/11, do senhor
Prefeito, informando que se ausentará do Município das dezoito horas e dois
minutos do dia de hoje às dezessete horas e vinte e um minutos do dia primeiro
de junho do corrente, quando participará de reunião com a senhora Dilma
Roussef, Presidenta da República, a ser realizada em Brasília – DF –, e da IV
Cúpula da C40 no Hemisfério Sul, a ocorrer no Município de São Paulo – SP. Às
dezessete horas e vinte e quatro minutos, a senhora Presidenta declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 053/11; em 2ª Sessão, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 054/11. Durante a Sessão, foram registradas as presenças,
neste Plenário, dos senhores Mario Antonio Coelho da Silva e Paulo Martins,
respectivamente Prefeito e Vereador do Município de Iraí – RS –, e do
representante comercial Luiz Toniolli. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos,
nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo
vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para fazer um registro.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; quero informar ao Plenário que, depois dos entendimentos havidos
aqui nesta Casa com o Executivo Municipal, os municipários chegaram a um acordo
nas seguintes condições: reajuste salarial de 6,51%, que é o IPCA, mais 0,5% a
partir de maio de 2011 e a concessão de aumento de 1,15% a partir de janeiro de
2012. Haverá o reajuste de 8,33% no vale-alimentação, aumentando para R$ 13,00;
a equiparação do salário básico ao salário mínimo nacional, garantindo o
alinhamento permanente aos servidores dos padrões 2 e 3 A, substituindo o
abono. Sobre o novo básico incidirão vantagens e benefícios. Também: pagamento
das progressões salariais dos biênios 2002-2004 e 2004-2006 durante o ano de
2011; pagamento das progressões de 2006-2008 durante o ano de 2012;
implementação, até outubro deste ano, do plano de saúde através de convênio com
o IPÊ Saúde e, também, a reformulação do Plano de Carreira. Acho que chegamos a
bom termo. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está feito o
registro, Ver. João Antonio Dib.
Chamo o Secretário da
nossa Mesa Diretora, o Ver. Toni Proença, para que proceda à leitura das
proposições nesta tarde.
O SR. 1º SECRETÁRIO (Toni Proença): (Lê as
proposições encaminhadas à Mesa.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado, Presidente. Eu quero comunicar a
presença do Prefeito de Iraí, o Sr. Mario Antonio Coelho da Silva, do Ver.
Paulo Martins e do representante comercial Luiz Toniolli, que visitam esta
Casa.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Sejam bem-vindos o Prefeito, o Vereador e o
representante comercial da cidade de Iraí. É um prazer e uma honra recebê-los,
sintam-se em casa.
Passamos à
A Srª Joseane Machado de Oliveira, representando o Centro Nacional de Tecnologias Limpas - CNTL/Senai -,
está com a palavra, pelo tempo regimental de dez minutos, para tratar de
assunto relativo ao papel do Senai na disseminação da Produção Mais Limpa.
A SRA. JOSEANE MACHADO DE OLIVEIRA: Boa-tarde a
todos. Eu fui convidada pelo Ver. Beto Moesch, em atenção à Semana do Meio
Ambiente, para mostrar um pouquinho do que o Senai faz nessa área e como é o
atendimento à indústria na área ambiental. O nosso Centro fica localizado em
Porto Alegre, na Av. Assis Brasil, em frente à FIERGS.
(Apresentação de
PowerPoint.)
A SRA. JOSEANE MACHADO DE OLIVEIRA: A quem se
destina? Principalmente aos empresários que estão comprometidos com a questão
de sustentabilidade. O nosso negócio é principalmente, dentro do Senai, atuar
junto às empresas, para a prevenção da poluição. É essa a ideia do nosso
Centro. Só para se ter uma ideia do que é o histórico do CNTL, o Centro
Nacional de Tecnologias Limpas do Senai: nós somos uma Unidade do Senai e
estamos localizados, desde 1995, dentro da Federação das Indústrias e dentro do
Senai. Pertencemos a uma rede de Centros de Produção Mais Limpa, vinculados à
Organização das Nações Unidas, e oferecemos serviços ambientais. Temos uma rede
de especialistas que trabalham nessa área, e todos os nossos trabalhos são
supervisionados por técnicos do Senai. A nossa experiência, então, é desde
1995, atuando em várias áreas no Brasil, na América Latina e, agora, também na
África, em função da Língua Portuguesa. Nós trabalhamos junto às indústrias,
para prevenção da poluição.
Aqui mostramos alguns
clientes e algumas empresas que já atendemos, para vocês terem uma ideia do
nosso potencial - a quantidade de empresas a que, desde 1995, já atendemos - e
da nossa experiência em nível nacional. Sobre as nossas áreas de atuação:
principalmente capacitação, uma vez que o Senai foi criado para a aprendizagem
da indústria, mas também ampliamos os nossos serviços para a área de
tecnologia, isto é, atendimento de serviços tecnológicos junto às indústrias;
informação e projetos, são muitas informações, muita prestação de informação
para as empresas, para estudantes e para o público em geral sobre as questões
de meio ambiente; participação em políticas ambientais no Rio Grande do Sul e
também em nível nacional.
Aqui algumas soluções
que temos no Senai para atender a empresas; vou falar especificamente sobre
Produção Mais Limpa, que é a mais importante de todas as questões ambientais
hoje em dia, é a prevenção. Gerar poluição, gerar resíduo e depois dar o
destino adequado já está dentro da lei, o que fazemos é tentar prevenir a
geração de poluição e a geração de resíduos. Outras soluções também aplicadas:
diagnóstico ambientais; auditorias ambientais; a questão da conformidade legal:
se a empresa está em conformidade com todas as leis relacionadas às questões
ambientais; ecodesigner e avaliação
de novas tecnologias: também é muito importante, as empresas nos procuram para
isso; projeto de extração de tratamento; outro termo muito divulgado é o due diligence: uma vez que o empresário
está adquirindo um terreno, verificar o que havia antes nesse terreno, para
evitar problemas principalmente de passivos ambientais; investigação de
toxicidade também.
Agora, o mais
importante é a Produção Mais Limpa, é o que mais divulgamos junto às empresas e
junto às pessoas que estão se formando na área ambiental, para promovermos a
prevenção da poluição. Isso é uma metodologia das Nações Unidas que aplicamos
nas indústrias para evitar a geração de resíduos, o que se pode fazer dentro
dos processos produtivos, para não gerar resíduos sólidos, líquidos ou emissões
atmosféricas. Hoje em dia temos dois selos relacionados a esse tema, as
empresas podem nos consultar: através de critérios pré-estabelecidos, elas são
avaliadas e ganham esse selo de “Produção Mais Limpa”. Isso é muito importante
na hora de as empresas buscarem financiamentos junto a órgãos nacionais e
internacionais, financiamentos para ampliação de empresas, para compra de
máquinas, etc. Com a Produção Mais Limpa, quais são os principais benefícios? O
que sobe e o que desce? Principais benefícios da Produção Mais Limpa: melhor
competitividade das empresas, lucro, produtividade, sustentabilidade e melhor
imagem da empresa no mercado. O que diminui? Custos de produção, custos de
matérias-primas, retrabalho, redução de passivos, redução de passivos
ambientais e trabalhistas, riscos aos trabalhadores, geração de resíduos e
penalidades ambientais.
Em poucas palavras,
pessoal, é com isso que a gente trabalha dentro dessa pequena unidade do Senai. O Senai está espalhado pelo Brasil inteiro, em mais de 60 unidades no
Rio Grande do Sul. Especificamente esta unidade do Senai trabalha com prevenção
da poluição. A gente tem também outros trabalhos que eu acho importante
divulgar aqui. São trabalhos gratuitos que o Senai presta para a comunidade,
como o Serviço de Respostas Técnicas e a Bolsa de Recicláveis da FIERGS, que é
como um setor de classificados de jornal, em que a gente oferta e demanda
resíduos das empresas, para que elas possam fazer negócios. Esses serviços são
gratuitos - o da Bolsa de Recicláveis e o serviço de informações -, é só
acessar a nossa página, que daqui a pouco eu vou passar.
Aqui estão os nossos
contatos - principalmente, peço atenção para o nosso site, se quiserem anotar. É aqui que vocês encontram todas as
informações sobre serviços, projetos do Senai, sobre essa área específica de
meio ambiente. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Convido a
Engenheira Joseane Machado de Oliveira a fazer parte da Mesa.
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. DJ Cassiá; quero dar as boas-vindas à Drª Joseane Machado de
Oliveira, em nome do Partido Progressista - do nosso Líder, o Ver. João Antonio
Dib; em meu nome e em nome do proponente, o Ver. Beto Moesch. Seja muito
bem-vinda! Obrigado pelas boas notícias que nos traz, especialmente sobre o
assunto Produção Mais Limpa. Porto Alegre tem perdido indústrias, porque a
nossa vocação é a indústria de alta tecnologia e os serviços. Nós não podemos
deixar as indústrias que aqui estão sem essa assistência que o Senai presta. Eu
acompanho o Senai há muitos anos e vejo os excelentes serviços que são
prestados à comunidade. Meus parabéns pelos serviços de qualidade que o Senai
presta à nossa Cidade, à nossa sociedade! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, quero cumprimentar a colega Joseane
Machado de Oliveira e todos os construtores do Senai neste momento em que
iniciamos uma discussão, uma comemoração ou, mais do que isso, uma reflexão na
Semana do Meio Ambiente. O trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Centro
Nacional de Tecnologias Limpas faz parte da atual conjuntura, quando o mundo se
debruça sobre esse tema, para que a biodiversidade seja protegida, para que as
águas e os mananciais sejam protegidos e para que a intervenção do homem
mantenha o equilíbrio.
Nesse sentido, gostaria de registrar que estamos
buscando junto ao Prefeito - pois aprovamos uma legislação chamada “Porto
Alegre, Cidade Amiga da Amazônia” - que todas as madeiras utilizadas, iniciando
pela estrutura pública municipal, tenham comprovação de manejo sustentável, o
que vem ao encontro, inclusive, das oficinas do Senai, que manejam com muita
madeira já com origem certificada. Um grande abraço em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Engenheira Joseane Machado de Oliveira, do Senai,
receba os cumprimentos da Bancada do PMDB: Ver. Haroldo de Souza, Ver.
Sebastião Melo, Ver. Professor Garcia, Ver. Dr. Raul e nosso Líder, o Ver.
Idenir Cecchim. Seja bem-vinda. Quero aproveitar a oportunidade, até porque
hoje nos visitam aqui os representantes, o Prefeito e os Vereadores de Iraí - e
eu sou de lá -, para dizer que Iraí é uma região onde temos, efetivamente,
conservação do meio ambiente, é um dos lugares mais lindos do Rio Grande do
Sul, quiçá do Brasil. Gostaria também de dizer que, há mais de ano, procuro
fazer um projeto visando à preservação do meio ambiente e ao incentivo de
plantio de árvores aqui em Porto Alegre. Por ser uma área que não domino,
evidentemente dependo de auxílio técnico de outras entidades e tenho tido
dificuldades. O objetivo é incentivar o plantio de árvores. Hoje ninguém planta
um cinamomo no seu terreno, porque, se um dia precisar tirá-lo, vira escravo
dele, e isso está errado. Nós precisamos incentivar as pessoas a plantar, mas
precisamos, também, dar uma certa garantia. Enquanto isso não ocorre, ninguém
planta mais nada. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI
PROENÇA: Ver. DJ Cassiá, que preside esta Sessão hoje; quero saudar as Sras Vereadoras e os Srs. Vereadores e, de maneira
muito especial, a Engenheira Joseane Machado de Oliveira, do Senai, do Centro
Nacional de Tecnologias Limpas, seção do Rio Grande do Sul, se é que entendi a
sua explanação. Quero dizer que a Bancada do PPS, em meu nome, em nome do Ver.
Paulinho Rubem Berta e do Ver. Elias Vidal, saúda o trabalho do Senai, mais
esse trabalho que o Senai presta ao Brasil, ao Estado e à Cidade,
principalmente por se tratar de um trabalho de prevenção. A senhora deu ênfase
à prevenção, que é muito melhor do que, depois, ter que multar ou autuar a
empresa por ela não ter atendido à legislação. O Ver. Beto Moesch, a quem eu
saúdo pela iniciativa de convidá-la, tem nos ensinado o tempo todo que é muito
melhor prevenir e reutilizar do que reciclar e multar a quem polui o meio
ambiente. E a luta do meio ambiente deveria ser uma luta de todos. Parabéns
pelo trabalho!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Vereador DJ Cassiá, presidindo os trabalhos; Engenheira Joseane Machado
de Oliveira, do Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai, em nome do
Partido Trabalhista Brasileiro - em meu nome, em nome do DJ, que preside os
trabalhos, em nome do Nilo, do Brasinha e do Tessaro -, quero me associar à sua
manifestação dizendo que o Senai, esta sigla nacional, presta relevantes
serviços à Nação nos seus mais diferentes aspectos. Mas esta campanha no
sentido de fomentar uma série de medidas preventivas na defesa do meio ambiente
é fundamental. A humanidade vem pagando um preço alto devido à poluição, e,
quando se desenvolvem campanhas com este prestígio que carrega o Senai, nós
haveremos de ter resultados ali na frente. Portanto, a nossa homenagem, a nossa
saudação ao Senai e, de resto, às tecnologias limpas, em especial, à sua fala
aqui produzida. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Não havendo nenhuma Bancada mais para se
manifestar, eu quero agradecer a presença da Engenheira Joseane Machado de
Oliveira, dar os parabéns pelo trabalho e mais uma vez colocar esta Casa à
disposição da senhora.
O SR. ADELI
SELL (Requerimento): Nós estamos iniciando a Semana do Meio Ambiente, e
acho importante que o nosso Legislativo tenha sempre uma interlocução com o
Executivo, que é, de fato, quem coloca a máquina pública a funcionar. Faço um
Requerimento, então, para que se mande esse material - se puder ficar conosco
-, mais a fala de todos os Vereadores, para o Prefeito Municipal, e uma cópia
especial para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está feito o registro, Ver. Adeli Sell; nosso
Legislativo vai tomar as providências. Suspendo a Sessão para as despedidas.
Mais uma vez, obrigado pela sua presença e conte conosco aqui. Estão suspensos
os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h41min.)
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cássia – às 14h42min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Tarciso Flecha Negra solicita Licença para
Tratamento de Saúde no dia de hoje, conforme atestado médico em anexo.
O
SR. NILO SANTOS (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos
trabalhos, que possamos imediatamente entrar no período de Comunicações.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Nilo Santos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje este período é destinado a assinalar o
transcurso do sétimo aniversário da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus
Ministério Restauração, nos termos do Requerimento de autoria do Ver. Nilo
Santos. Convidamos para compor a Mesa o Sr. Humberto Schimitt, Pastor e
Presidente da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus Ministério e Restauração; a Srª Ana Schimitt, esposa do Pastor; o
Sr. Guaracy Rodrigues Fernandes, 1º Vice-Presidente da Igreja; o Sr. Silvio
Luiz da Silveira Machado, 2º Vice-Presidente da Igreja.
O Ver. Nilo Santos
está com a palavra em Comunicações.
O SR. NILO
SANTOS: Exmo Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Faço um
agradecimento especial ao Ver. Brasinha por, gentilmente, ter me cedido a cota
de homenagens da Bancada, para que pudéssemos realizar este momento.
Sr. Presidente, eu quero, na realidade, antes da
fala do Pastor e Presidente da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus -
Ministério Restauração, dizer da importância das igrejas dentro da nossa
sociedade. Vereador Brasinha, em cada vila, Ver. Elói, em cada bairro existe
uma igreja. A igreja é um instrumento utilizado - Ver. Elias Vidal, o senhor
que a conhece tão bem - exatamente para fazer o controle social. Retire as
igrejas do meio da sociedade, e a criminalidade aumenta; retire as igrejas do
meio da sociedade, e a drogadição aumenta, Ver. Cecchim, porque o trabalho que
as igrejas fazem de combate à drogadição e de combate à própria miséria é um
trabalho que serve de modelo para todos os Governos. E feliz é o Governo que
traz as igrejas, então, para trabalharem como parceiras; é um trabalho
extremamente importante. No trabalho feito por esses pastores, ora eles são
psicólogos, ora servem como orientadores, ora como advogados. A figura do
pastor é extremamente fundamental, importantíssima dentro da sociedade em que
vivemos.
Nós temos dentro da Igreja Pentecostal Assembleia
de Deus - Ministério Restauração, um exemplo disso. Eu conheci o Pastor
Humberto Schimitt há pouco tempo, mas posso falar da seriedade do trabalho que
esse homem realiza juntamente com a sua equipe. Vereador Luiz Braz, o senhor,
que também é um Vereador experiente na nossa Capital, com certeza, reconhece o
trabalho dessas instituições, o trabalho realizado pela Igreja Pentecostal Assembleia de Deus - Ministério Restauração; é
um trabalho que serve de modelo para todas as igrejas. Não é uma igreja que
opera de forma irregular ou de forma a oprimir o povo. É um trabalho realizado
com contribuições voluntárias, é um trabalho em que as pessoas ajudam, as
pessoas ofertam, as pessoas contribuem, porque elas têm um retorno para as suas
famílias, têm um retorno para as suas comunidades, porque há um trabalho social
que é realizado pela Igreja; há um trabalho espiritual que é realizado pela
Igreja. É uma Igreja que aceita o trabalho médico, reconhece os médicos,
reconhece a Medicina como um dom de Deus, mas também sabe da importância da fé.
E é através da fé que consegue levar restauração e reestruturação a milhares de
famílias.
Então, o momento que
nós estamos realizando neste período de Comunicações nada mais é, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, do que uma homenagem
ao trabalho realizado por essa denominação, que tem sete anos. São sete anos de
um trabalho que podemos dizer que é vitorioso. É um trabalho que consegue
trazer cidadãos que estão, muitas vezes, com as suas vidas totalmente
comprometidas para o convívio na sociedade: elas passam pela Igreja, e a Igreja
as devolve para a sociedade como cidadãos de bem. Pessoas entram para a Igreja
dependentes do vício, seja ele qual for; e a Igreja, então, consegue fazer o
trabalho de filtragem e devolve essas pessoas para a sociedade como pessoas de
bem.
Portanto, nós não
poderíamos nos furtar de homenagear a Igreja Pentecostal Assembleia de Deus -
Ministério Restauração e convidamos os Srs. Vereadores, as Sras
Vereadoras e demais presentes para hoje, a partir das 19h, assistir a uma
homenagem especial a essa denominação, aqui mesmo neste Plenário.
O Sr. Aldacir José Oliboni: Vossa
Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre colega Ver. Nilo,
quero parabenizá-lo pela iniciativa. Como V. Exª estava dizendo, a igreja tem
um papel fundamental na história, na vida do ser humano, e nós percebemos que,
das entidades que trabalham com a drogadição, que V. Exª estava apontando, só
no Estado são mais de 1.200 entidades ligadas à igreja, independentemente se são
evangélicos, se são pentecostais, se são católicos - o importante é que Deus,
para todos nós, é um só. Essa iniciativa, vamos dizer assim, espontânea e
solidária, tem que estar presente no ser humano. Portanto, quero parabenizá-lo,
estender essa homenagem da Bancada do PT a todos os senhores, e que Deus
proteja esse trabalho que os senhores estão fazendo. Muito obrigado.
O Sr. Luiz
Braz: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador
Nilo Santos, eu fico feliz porque a iniciativa que está acontecendo agora aqui
foi de alguém que é o verdadeiro representante dessa linha religiosa neste
Plenário. Cada Vereador que tem assento aqui nesta Câmara representa um
determinado segmento, e ninguém poderia enxergar em outro Vereador que não o senhor
o representante mais legítimo dessa corrente religiosa. Então, eu fico
realmente muito feliz, porque esta é a sua missão: fazer com que haja destaque
e que a sociedade possa conhecer o trabalho dessa corrente aqui na nossa Porto
Alegre.
O Sr. Dr. Raul
Torelly: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nilo,
é com satisfação que eu venho ao microfone de apartes cumprimentar V. Exª e
todos os homenageados. Eu sou daquelas pessoas que trabalham na área da Saúde,
como médico, há 30 anos, sempre atendendo as populações mais carentes das
nossas vilas populares - faço isso até hoje, continuo atendendo no Campo da
Tuca, no Partenon -, e a gente sabe o que as igrejas têm feito pela nossa
população, em especial pela nossa população mais pobre. A saúde é muito
importante, mas muitas pessoas se recuperam, recuperam a sua saúde, a sua
convivência social também através da sua fé e da sua relação com as igrejas.
O Sr.
Reginaldo Pujol: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, fiz um esforço grande para chegar em tempo hábil de me
manifestar. Eu cumpria outra programação, mas a minha assessoria o ouvia
atentamente, e eu sabia da alta relevância da sua presença aqui na Casa,
prestando essas informações que, pela manifestação dos meus colegas, eu observo
que foram muito bem recebidas aqui entre nós. Sabe V. Exª que as coisas são
como são representadas. Eu lhe digo isso de coração: eu acho que a sua Igreja,
a Igreja Pentecostal da Assembleia de Deus, foi uma das primeiras Igrejas
Evangélicas com as quais eu convivi, eu acredito que ela seja a mais antiga em
atuação aqui no Estado do Rio Grande do Sul, ao lado da Igreja Metodista, mas a
gente começa a conhecer melhor as coisas através dos seus representantes,
repito, e V. Exª é, indiscutivelmente, o grande representante da Igreja aqui na
Casa. E, conhecendo-o como eu tenho o privilegio de conhecer, percebo a
amplitude e o significado da sua Igreja, dedicada não só ao Evangelho de
Cristo, mas, sobretudo, à convivência daqueles seres criados à imagem e
semelhança de Deus, os seres humanos, que são o objetivo final da atuação
espiritual da sua Igreja.
Tenha V. Exª não só a certeza de que o dia de hoje
fica, definitivamente, consagrado na história desta Câmara, com o seu pronunciamento,
e o relato, também, da alegria que seus Pares, dentre os quais modestamente me
incluo, tiveram em poder ouvi-lo de coração aberto, falando para os seus
companheiros a respeito da sua Igreja, que tanto respeito. Nós, naturalmente, a
proclamamos, porque ela é merecedora. Meu abraço e meus cumprimentos.
O SR. NILO
SANTOS: Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.
O Sr. Airto
Ferronato: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador
Nilo Santos, quero, em meu nome e em nome da minha Bancada, o PSB, trazer,
inicialmente, um abraço e uma saudação especial a V. Exª pela iniciativa.
Cumprimento o Pastor Humberto e todos os demais visitantes que estão conosco
aqui e na nossa plateia. Quero dizer da importância que é, numa segunda-feira,
nós, aqui na Câmara, conversarmos sobre Deus, sobre a igreja, sobre as ações
que as nossas igrejas fazem aqui em Porto Alegre; aquela preocupação constante
que temos, enquanto igreja, de cuidar, de zelar pelos mais necessitados, muito
especialmente aquele trabalho que se faz com relação ao drogado, uma ação que
merece um destaque todo especial da sociedade de Porto Alegre e - por que não?
- de nós, enquanto Vereadores e seus representantes. Quero trazer um
cumprimento a V. Exª e a todos os nossos visitantes e dizer da importância que
acreditamos e sabemos ter a nossa Igreja Pentecostal Assembleia de Deus aqui no
seio da cidade de Porto Alegre. Leve um abraço a todos os fiéis dessa Igreja e
aos seus comandantes. Obrigado e um abraço a todos.
O Sr. João Antonio
Dib: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador
Nilo, tenho que dizer a V. Exª e aos nossos amigos da Igreja Pentecostal que eu
tenho profunda admiração pelas Igrejas Evangélicas. Tive grandes amigos, como o
Pastor Nils Taranger, o Pastor Olavo Nunes e o Pastor Ivan Nunes, que é o
Presidente da Igreja Pentecostal Brasil para Cristo, de quem eu tenho orgulho
de ser padrinho de casamento. Aos senhores eu desejo muita saúde e paz!
O Sr. Waldir
Canal: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador
Nilo Santos, quero parabenizá-lo pela iniciativa e cumprimentar a Mesa, os
pastores que aqui estão, a Igreja Assembleia de Deus - Ministério Restauração.
Realmente esta homenagem é bem-vinda, é um reconhecimento ao trabalho que as
Igrejas Evangélicas têm desenvolvido aqui em Porto Alegre, no Estado do Rio
Grande do Sul e em todo o Brasil.
A igreja cumpre uma função social muito importante
na restauração, na transformação, na recuperação das pessoas, dos cidadãos,
sejam eles ricos ou pobres, qualquer que seja a situação, indiscriminadamente.
As Igrejas Evangélicas e outras tantas têm se debruçado no sentido de recuperar
a família, de recuperar o cidadão, de recuperar as pessoas e entregá-las para a
sociedade como pessoas de bem, pessoas de família, pessoas que realmente
passaram por uma transformação. E essa transformação somente pode acontecer
pelo poder de Deus, pela palavra de Deus.
Então, o trabalho fundamentado nas Escrituras
Sagradas tem sido de grande importância para Porto Alegre e para o nosso Brasil
afora. Parabéns a todos por esta data! E vamos em frente, porque existem muitas
outras pessoas que precisam ser alcançadas por esse trabalho. Parabéns!
O SR. NILO
SANTOS: Obrigado.
Sr. Presidente, para concluir, eu quero dizer que
foi na Igreja Pentecostal Assembleia de Deus - Ministério Restauração, através
da pessoa do seu Presidente, o Pastor Humberto Schimitt, no meu momento de
maior dor, de maior crise existencial, que eu encontrei um ombro amigo, o do Pastor
Humberto Schimitt. Por isso eu os trouxe aqui, para que todos os Vereadores
tenham oportunidade de conhecer o trabalho que é realizado por esta Igreja.
Também quero dizer, Ver. Idenir Cecchim, que,
dentro das nossas Igrejas Evangélicas, em todos os momentos, os políticos são
lembrados, é feita uma oração pelos políticos. Estar recebendo os senhores
hoje, aqui, nada mais é do que um gesto de gratidão por tudo o que os senhores
têm feito por nós, políticos, através da oração; coisa que hoje não sabemos,
mas que, espiritualmente, com certeza, um dia Deus nos mostrará, porque é
através das orações que somos sustentados, com certeza. Parabéns à Igreja
Pentecostal Assembleia de Deus - Ministério Restauração! Que Deus abençoe todos
mais uma vez. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS
VIDAL: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, líderes da Igreja, pastores que se encontram
nesta Casa, saudando o Pastor Humberto Schimitt Vieira, eu cumprimento todos os
senhores que compõem a Mesa e demais presentes nesta Casa Legislativa. Eu vou
sair desta tribuna e vou direto para um funeral, que nunca é o melhor lugar
para a gente se encontrar. Na quinta-feira, nós perdemos o pai do Ver.
Brasinha; chegando lá, encontrei alguns colegas, entre eles o Ver. Cecchim e o
Ver. Goulart, e nós estávamos falando a respeito da vida como uma lâmpada,
lembra, Cecchim? Pois bem, eu quero dizer que esta Igreja é mais uma que vem
para se somar nesta tarefa árdua - pelo que vi, está completando sete anos de
ministério, de missão -, vem se somar na resolução dos problemas da sociedade.
Eu sou um Teólogo, tive um trabalho pastoral
durante dez anos na Igreja Adventista e fui chefe de um departamento de
evangelização em todo o Estado - coordenava mais de 500 igrejas no Rio Grande
do Sul. Pedi para me dedicar ao trabalho que faço, sem abrir mão do trabalho
pastoral, que continuo fazendo por conta, como ministério pessoal, não em nome
da Igreja Adventista.
O Ver. Nilo Santos falou aqui que, se tirassem as
igrejas do meio da sociedade, com certeza, aumentaria o número de drogados, de
delinquentes. É verdade! Também é bem verdade que, se as igrejas saíssem do
meio da sociedade, as doenças iriam aumentar, muita gente morreria enfartada,
muita gente morreria de AVC - Acidente Vascular Cerebral -, haveria muito
suicídio. Está mais do que provado que ciência e religião combinam, sim; a
ciência e a religião não são uma contradição, até porque Deus é o Pai da
ciência. Como se explica o Universo do jeito que é, com todas as galáxias, tudo
funcionando como se fosse um grande relógio? Isso não foi por acaso, um
engenheiro teve que construir isso, então Deus é o Pai da ciência, e não há
contradição.
Eu lembro, quando criança, que ouvi um pastor
dizendo que um homem que não acreditava em Deus, que não amava a Bíblia, que
não queria a igreja, nem religião, nem templo, queria construir uma cidade sem
Deus, uma cidade sem a Bíblia, uma cidade sem um pastor, sem um líder
religioso. E a história que eu ouvi, quando criança, é que ele, muito rico,
fundou a cidade, mas não tinha espaço para construir templos; depois de alguns
anos, a cidade foi ficando tão violenta, tão violenta, com tanto assassinato,
tanto suicídio, tanta morte, tanto roubo, que ele chegou à conclusão de que uma
cidade sem Deus, uma cidade sem a Bíblia, uma cidade sem um templo, uma cidade
sem oração, uma cidade sem reflexão na palavra de Deus, é uma cidade morta.
Então, os senhores estão, juntamente com outros
pastores e outras igrejas... A igreja é placa, senhores? Placa não salva; quem
salva é Jesus. Por isso Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê
em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Quem disse foi Deus, não foi a igreja,
não foi uma placa. Então, não é a Igreja Adventista, não é a Católica, não é a
Assembleia, não é nenhuma igreja: é Jesus - acredito que os senhores concordam
com isso. E nós, como igreja, nos organizamos para poder cumprir a tarefa,
fazer de uma forma organizada, porque Deus é um Deus de ordem.
Então, agradeço à minha Bancada - Ver. Paulinho,
Ver. Toni Proença -, eu quero parabenizá-los, parabenizar o Ver. Nilo Santos.
Tenham o apoio desta Casa, com certeza, destes Vereadores, deste Vereador, e
que Deus os abençoe nessa missão que vai até o dia da volta do Nosso Senhor
Jesus Cristo. Um dia Jesus vai voltar, e o paizinho do Ver. Brasinha vai
ressuscitar. Eu cheguei, hoje pela manhã, de Florianópolis, onde tenho uma avó
com 104 anos, ela já está em coma, é a matriarca de toda a família. Que Deus os
abençoe ricamente! Que, quando o Papai do Céu voltar às nuvens dos céus para buscar todas as pessoas que estejam inclusas entre os que se
salvaram, nós, que também pregamos a palavra, nós, que ouvimos, não venhamos a
nos salvar, e os outros a se perderem, mas
que todos nós, juntos, com todas as pessoas que amam Deus, independentemente de
raça, credo, religião e placa, possamos levantar os braços e ouvir Jesus dizer:
“Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo”.
Amém.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Sr. Humberto
Schimitt Vieira está com a palavra.
O SR. HUMBERTO SCHIMITT VIEIRA: Ver. DJ
Cassiá, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, demais presentes,
especialmente os companheiros, membros de nossa Igreja, pastores e cooperadores
em geral, agradecemos, em nome de toda a Igreja, que completa sete anos, esta
homenagem que nos é prestada. Em rápidas palavras, vamos falar a respeito do
que é o Ministério Restauração, do que é a Assembleia de Deus.
Em 2003, eu era o
Diretor-Geral do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e havia recebido um
convite para ser Assessor de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, e,
naquele momento da minha vida, Deus falou comigo para que eu abandonasse a
minha vida secular, a minha carreira e me dedicasse somente à obra de Deus.
Então, naquele mesmo ano de 2003, fui aos Estados Unidos, para a cidade de
Chicago, para ali participar de um curso oferecido pelo Governo americano na
Truman College, um curso de aperfeiçoamento em inglês. Nos meses que passei nos
Estados Unidos, recebi muitos convites para pregar em muitas igrejas
americanas. Para nossa surpresa, em cada igreja a que chegávamos, levantava-se
um profeta - pessoa que recebe um dom espiritual, segundo a crença das Igrejas
Pentecostais - e dizia para mim: “’Volta para o teu País e começa um trabalho
novo, começa um trabalho do zero”. Isso parecia espantoso para mim, porque eu
era pastor de uma grande igreja em Porto Alegre e pensava: “Puxa vida, largar
tudo e começar tudo de novo...!” Mas, naquele mesmo ano, em outubro, fomos ao
Japão ministrar num congresso de uma das maiores igrejas de lá. Lá no Japão,
Deus fez com que um profeta se levantasse e falasse a mesma coisa.
O resultado foi que
voltamos para o Brasil, e, no dia 14 de abril de 2004, depois de me desvincular
da igreja à qual pertencia e de entregar todo o patrimônio, tudo que estava sob
meus cuidados, começamos esta Igreja, começamos o ministério conhecido como
Ministério Restauração na cidade de Porto Alegre. Começamos da maneira mais
simples possível, e os primeiros quatro cultos foram realizados no complexo da
Vila Grande Cruzeiro do Sul e na Rua Caldre e Fião. Naquela mesma semana,
alugamos o cinema Carlos Gomes, que estava abandonado ali no Centro de Porto
Alegre. Para nossa surpresa, no primeiro culto no Cinema Carlos Gomes - não
tínhamos iluminação, não tínhamos púlpito, não tínhamos cadeiras, só havia dois
holofotes -, compareceram duas mil pessoas. Nesse culto houve muitos milagres,
e o trabalho se expandiu. Hoje, após sete anos, estamos com 400 igrejas, com
uma média de fundação de uma igreja a cada seis dias. A cada seis dias, estamos
inaugurando um templo, e hoje estamos com essa abrangência não somente aqui no
Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul,
Espírito Santo, Argentina, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos e Portugal; uma
Igreja que nasceu aqui, uma Igreja brasileira, uma Igreja gaúcha, uma Igreja
porto-alegrense, uma Igreja que começou na vila.
Para a glória de Deus
e por graça de Deus, estamos hoje alcançando milhares de pessoas com o trabalho
nos presídios. Estamos, hoje, com Igrejas dentro de 20 presídios, com centenas
de presidiários convertidos ao Evangelho, sendo que procuramos colocá-los em
empregos quando de lá saem. Estamos com uma casa de passagem para que o
presidiário, quando sai do presídio e não tem para onde ir, tenha onde ficar
até conseguir um emprego, para não voltar à criminalidade. Temos organizações
que trabalham juntamente conosco, são compostas por membros da nossa Igreja:
temos o Desafio Jovem de Três Coroas, em que centenas de pessoas presas às
drogas estão agora se recuperando, e já recuperou milhares de pessoas; temos o
Projeto Betesda, no mesmo sentido; temos o Projeto Ombro Amigo, que, todos os
dias, por meio do jornal Diário Gaúcho, traz uma mensagem para quase um milhão
de leitores do Diário Gaúcho. O Projeto Ombro Amigo busca, na madrugada
porto-alegrense, pessoas com problemas de drogas, pessoas que estão no crime.
Nesses sete anos,
Deus nos concedeu também que montássemos uma editora voltada exclusivamente à
área de atendimento à população. As senhoras e os senhores têm, na mesa, uma
sacolinha com um kit de alguns
materiais que produzimos, como o nosso jornal, as revistas voltadas à educação
infantil e as revistas voltadas à educação do moço, da moça, do homem e da
mulher. Temos ainda a Abrasce Restauração - Associação Brasileira de
Assistência Social, Cultural e Educacional -, de restauração, voltada à
população mais pobre das nossas cidades. Temos o trabalho Café Convívio - há um
folder dentro da sacolinha -, um
trabalho pelo qual estamos alcançando a sociedade gaúcha, recuperando drogados.
Se alguém tem, na sua família, uma pessoa presa às drogas, então vai a um Café
Convívio desses, que é um ambiente onde a família e o drogado participam, fazem
um lanche com a gente, conversam conosco. Esse Café Convívio está distribuído
em diversos pontos da Grande Porto Alegre. Ali, não somente o drogado, o
dependente químico, mas também a sua família vai ser assistida. O dependente
químico vai para o Desafio Jovem, vai para o Centro de Recuperação, mas a
família dele, que, na maior parte das vezes, está desestruturada - e foi a
desestruturação de sua família que o levou à drogadição -, essa família vai ser
atendida, essa família vai continuar sendo amparada pelos nossos companheiros
que trabalham nessa área. Temos também o trabalho da Associação Heróis da Fé,
que presta assistência além das nossas fronteiras. Hoje estamos desenvolvendo
trabalhos na África e em diversos países da América Latina, e tudo isso Deus
tem nos dado em apenas sete anos.
Agradecemos a Deus em
primeiro lugar. E agradecemos a sua gentileza de conceder este espaço, esta
homenagem, agradecemos ao Ver. Nilo Santos e a todos os que se manifestaram nos
seus apartes e na tribuna. Eu quero dizer para todos vocês, para V. Exas
e para todos os presentes, que jamais esqueceremos esta atitude e que estaremos
orando por esta Casa, ou melhor, continuaremos orando por esta Casa,
continuaremos orando por Vossas Excelências. Quero lhes dizer que as nossas
Igrejas estão abertas para receber Vossas Excelências.
Nesses sete anos,
Deus nos deu um templo próprio em Porto Alegre. Por um milagre de Deus, temos
um prédio com 2.500 metros quadrados no Centro de Porto Alegre, com duas
frentes, uma frente para a Av. Voluntários da Pátria, e outra frente para a Av.
Farrapos. Tudo isso por graça de Deus, porque começamos sem nada, nada. Não
tínhamos nenhuma cadeira, não tínhamos dinheiro, e somos uma Igreja que não
cobra nada: não cobramos bênção, não cobramos oração - somos radicalmente
contra esta atitude -, entendemos que, se o povo quer cooperar, deve cooperar
de livre e espontânea vontade. Somos uma Igreja que prega Cristo, prega a
ética, prega aquilo que todos nós queremos de bem para a nossa sociedade.
Todos são muito
bem-vindos. Estamos à espera de V. Exas na Av. Farrapos, nº 312, a
uma quadra do Centro de Porto Alegre, a uma quadra do Viaduto da Conceição,
estamos às suas ordens. Esta Igreja está a serviço de Deus, a serviço da
sociedade, a serviço de Vossas Excelências. Muito obrigado, mais uma vez,
Presidente, que Deus lhe abençoe. Em nome do Senhor Jesus, eu quero abençoar
todos vocês aqui. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Eu quero agradecer a presença do senhor, Pastor,
da sua esposa e dos demais convidados da Igreja. Em nome da nossa sociedade,
principalmente, Pastor, daqueles que mais precisam, daqueles que são
esquecidos, eu quero aqui, em nome desta Casa, agradecer pelo trabalho, pelo
empenho do senhor e dos demais integrantes da sua Igreja, pessoas que têm se
dedicado e se doado nas madrugadas, nos dias, nos finais de semana. Que Deus dê
muita saúde e abençoe todos os senhores, para que possam continuar dando
assistência às pessoas que precisam. (Palmas.)
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h19min.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cássia – às 15h21min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores que nos dão a
honra de suas visitas, quero aqui, neste período de Comunicações, tratar de
dois temas. O primeiro deles, como nós estamos num prenúncio de mais uma Semana
do Meio Ambiente - e, na verdade, semana do meio ambiente deveria ser todas as
semanas para o planeta Terra -, é uma reflexão sobre a cultura que temos de
desenvolvimento. Nesse sentido, Ver. João Antonio Dib, quero aproveitar a
oportunidade e pedir ao senhor e ao representante do Executivo Municipal nesta
Casa uma oportunidade de diálogo com o Prefeito, pois aprovamos nesta Casa uma legislação que reconhece Porto Alegre como Cidade Amiga da
Amazônia. Essa legislação necessita, Ver. João Dib, de reflexão, para que Porto
Alegre possa consumir madeiras provenientes de uma política sustentável, seja
das florestas nativas, seja do reflorestamento. Essa lei precisa ser
regulamentada, nós já estamos com dois anos da sua aprovação, e até o momento
não houve a regulamentação. Aqui conclamo o Secretário do Meio Ambiente e os
demais Secretários para dizer que as leis que aprovamos nesta Casa necessitam
de regulamentação, necessitam ter aplicabilidade, porque senão elas se tornam
leis inócuas. Na Semana do Meio Ambiente, a Casa terá uma longa programação, e
estamos trazendo aqui a importância dessa legislação.
Sobre o segundo tema,
quero dizer que, na última quinta-feira, participamos, na Casa, de uma
Audiência Pública que tratou do transporte público, e vários colegas Vereadores
estiveram nesse debate. Quero trazer novamente o diálogo com os colegas e a construção
que está sendo feita a respeito da necessidade de ampliar o sistema de
táxi-lotação para a Região Sul e Extremo-Sul da cidade de Porto Alegre. De todo
o debate que foi feito, Vereadores Tessaro, Brasinha, Adeli, Pujol e muitos
outros que têm participado desse debate na CUTHAB ou fora dela, politicamente
já está clara a necessidade de extensão do transporte público de lotação. Há
dois Projetos nesta Casa: um Projeto do Executivo, que é um bom Projeto, trata
da reestruturação do sistema de táxi-lotação; e um Projeto de nossa autoria;
proposta que amanhã, com a anuência do Ver. Pujol, estará em análise na CCJ,
porque fizemos toda uma defesa do Parecer do Ver. Pujol, fazendo contestações
sob o ponto de vista jurídico e constitucional da sua opinião, para que
possamos debater esse tema com profundidade e ainda nesse semestre termos esse
tema resolvido - a extensão dos lotações para a Restinga, para a Ponta
Grossa-Belém Novo, Lageado-Lami, porque, obrigatoriamente, serão necessários os
estudos que a EPTC já está realizando. Aqui, na quinta-feira, o Secretário
Cappellari nos dizia que os estudos para a Restinga já estão prontos e que o
próximo passo são os estudos para Belém Novo e Ponta Grossa.
Portanto, esse é o
tema do mês de junho, que se inicia amanhã, nesta Semana do Meio Ambiente,
porque colocar os lotações nas regiões da Cidade que não possuem o serviço
também é um ato de política ambiental, porque os lotações não competem com os
ônibus, eles retiram os carros da rua. No momento em que nós temos o sistema de
táxi-lotação, as pessoas deixam de utilizar o automóvel de forma individual e
passam a utilizar esse transporte coletivo. A proposta que apresentamos é no
sentido de aumentarmos, nesses lotações, o número de assentos de 21 para 25 ou
30, para que eles possam fazer percursos mais longos. Eu trago aqui esses temas
na Semana do Meio Ambiente e um grande abraço a todos!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, a
primeira comunicação que eu gostaria de fazer é quanto ao esforço que o
Prefeito Fortunati fez, hoje pela manhã, depois de ter realizado reuniões toda
a semana, inclusive no sábado, tentando esse acordo para que os funcionários da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre voltem ao trabalho - pelo menos essas
pessoas que estão sem trabalhar, porque em algumas Secretarias, como a do Planejamento,
do Secretário Márcio Bins Ely, não há quase ninguém parado. Na Secretaria do
João Bosco Vaz, uma Secretaria nova, com um corpo técnico profissionalizado,
também não há ninguém parado. O que importa neste momento é que o Prefeito
Fortunati e a sua equipe, em especial o Secretário da Fazenda, o Sr. Urbano
Schmitt, fizeram o possível e o impossível para apresentar essa última proposta
aos funcionários da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para que a partir de
amanhã voltem ao trabalho esses 20% ou 30% que não estão trabalhando, mas que,
com certeza, fazem falta para o serviço da nossa Cidade. Então, neste meu
primeiro relato em Comunicações, eu queria dar parabéns ao meu Prefeito, que é
do meu Partido, o José Fortunati, e à sua equipe por terem chegado a essa
proposta, que é conciliadora. Com certeza, as perdas dos funcionários que ocorreram em outro período ainda não estão recuperadas.
Queria também dizer
que, no sábado passado, estivemos na Praça de Belém Novo, Praça Inácio Antônio
da Silva, participando do Dia da Solidariedade. Pelo sexto ano consecutivo, as
escolas de Belém Novo, Escola Madre Raffo, Escola Glicério Alves e a Escola
Evaristo Flores da Cunha fizeram esse evento, que contou com a Câmara Municipal
de Vereadores, com o Gabinete do Ver. Mario Fraga e em especial com o Ver.
Reginaldo Pujol, que esteve com a Ouvidoria da Câmara. Várias pessoas fizeram
Pedidos de Providências, pedindo explicações. Então, neste momento, eu queria
agradecer ao Ver. Reginaldo Pujol e a toda sua equipe por terem passado todo o
dia conosco lá em Belém Novo, foi um sábado bonito. Quase mil pessoas estiveram
na Praça de Belém Novo fazendo algumas atividades: danças, oficinas,
bibliotecas, ouvidoria e apresentações de todas as escolas daquela região.
Queria também fazer
um agradecimento, neste período de Comunicações, ao Secretário Municipal de
Obras, o Dr. Cássio Trogildo, que, para nossa felicidade, esteve mais uma vez
conosco em Belém Novo, na última sexta-feira, às 17h30min, no fim do
expediente, aproveitando para concluir o seu expediente lá, ficando conosco até
às 18h, 18h30min, e estivemos lá na frente do Posto de Saúde Belém Novo, onde
será inaugurada a nova obra desse Posto, que hoje está em uma casa locada. O
Secretário esteve lá por uma solicitação nossa, junto com o Secretário da
Saúde, o Dr. Casartelli, a quem também fiz esta solicitação, para que, naquele
trecho de 100 metros, seja colocada uma pavimentação permanente, porque ali é
uma bacia, na Rua Florêncio Farias, esquina com a Rua Jorge Mello Guimarães.
Pois, ali no prédio que vai ser inaugurado daqui a 60 dias, se não for feita
uma pavimentação permanente com asfalto, talvez nos dias de chuva, nos meses de
junho, julho e agosto, quando principalmente a nossa comunidade usa aquele
posto, se estiver chovendo, se tivermos um período de chuva muito forte, ficará
quase impossível de se entrar no Posto de Saúde. Então, queria fazer este
agradecimento ao Dr. Casartelli, que foi sensível a esse apelo, e, em especial,
ao Dr. Cássio Trogildo, que esteve conosco, com a nossa comunidade, com alguns
moradores, olhando o local e se mostrou sensível. Se for possível e se for
preciso, vamos até o Prefeito Fortunati para solicitar esse pedaço de pavimento
- que é muito necessário lá, principalmente no inverno -, mas acredito que não
seja necessário, porque o Secretário, o Dr. Cássio Trogildo, foi muito sensível
a esse apelo, então acredito que ele resolverá esse assunto em breve, num prazo
de 60 a 90 dias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra em
Comunicações.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; eu uso o período de
Comunicações e falo em meu nome, em nome do Ver. Pedro Ruas e tenho a certeza
de que em nome de milhares de gaúchos que estão abismados com os fatos
ocorridos em Santa Maria.
Primeiro, eu gostaria de cumprimentar o Jornalista
e Promotor de Justiça Cláudio Brito, pelo excelente artigo hoje publicado no
Jornal Zero Hora: “Prenderam a vítima”, tratando da violência a um soldado, da
curra de um soldado, preso dentro de um quartel. O soldado, além de ser vítima
de uma violência, de uma barbaridade, de uma violação de direitos humanos, está
impossibilitado, pelas leis especiais do Código Militar, de ver a família, de
contatar seu advogado. É um soldado que, depois de passar por uma barbaridade
dessas, está sendo vítima, de novo, de algo que ainda causa perplexidade no
Brasil: a existência de um Código diferenciado da lei que existe para todos,
algo que ainda existe dentro do Exército Brasileiro; um jovem que - por questão
de proteção, felizmente, não teve o nome divulgado - que nem sequer pôde ver a
mãe, desesperada para saber notícias dele, nem sequer pôde ter direito a um
advogado. Não é um absurdo que nós, em pleno ano de 2011, não possamos assistir a que lei seja para todos? Não é um absurdo que, depois de uma
violência desse tamanho, Ver. Pedro Ruas, a gente ouça setores do Exército
dizendo que a responsabilidade é do soldado, porque é homossexual? Ora, se o
soldado é homossexual, ele pode ser, barbaramente, violentado? Ou um
heterossexual pode ser, barbaramente, violentado por alguém de outro sexo? Como
pode a vítima ser tratada como culpada de um crime hediondo, de um crime
bárbaro, de um crime que choca a milhões de gaúchos?
O Sr. Pedro Ruas: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora Fernanda Melchionna,
cumprimento V. Exª pela intervenção. Esse crime ocorreu na cidade de Santa
Maria, Ver. Oliboni, que me perguntava. É um dado que reforça duas lutas, no
mínimo, do povo brasileiro: a primeira é a luta contra a homofobia, porque se
vê que essa homofobia está incrustada, inclusive, nos altos escalões do
Exército Nacional, pelo jeito que trataram o rapaz e a sua família; e a segunda
luta é pelo fim do Código Penal Militar: leis iguais para todos, todos somos
iguais. Essa proteção que estão tendo os militares e a maneira como os
militares tratam a família da vítima, inclusive, proibindo o acesso ao seu
advogado, são inaceitáveis em todos os parâmetros universais sob o Direito
Penal. Parabéns pelo pronunciamento, Verª Fernanda Melchionna.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver.
Pedro Ruas, agradeço o aparte, porque são muito elucidativas as questões que o
Ver. Pedro Ruas levanta. Fruto da luta dos movimentos de defesa da diversidade,
fruto da mobilização nacional dos segmentos que defendem a liberdade de
orientação sexual, fruto da luta da sociedade brasileira, vem o Supremo
Tribunal Federal avançar na união homoafetiva. Nós, que aqui na Câmara de
Vereadores estamos lutando com relação aos crimes de homofobia que ocorreram na
cidade de Porto Alegre, não podemos aceitar que o próprio Exército use
argumentos homofóbicos para justificar que um jovem, barbaramente, seja
violentado.
O Sr. Luiz Braz: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora Fernanda Melchionna, eu
quero cumprimentar V. Exª, porque, quando nossos filhos vão para o Exército,
nós ficamos tranquilos, porque, na verdade, lá eles estariam aprendendo alguma
coisa e estariam protegidos. E esse barbarismo que aconteceu em Santa Maria
deve ser, realmente, punindo, e nós, na sociedade, devemos ter consciência de
que essa punição vai ser exemplar.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito
obrigada, Ver. Luiz Braz; o depoimento de um pai que envia um jovem para o Exército também é muito importante para debater este tema, na
verdade, de violação de qualquer direito, inclusive gerando um clima de
insegurança, porque justamente aqueles destacados para a defesa nacional estão
cometendo essa barbaridade, sem sequer haver um julgamento claro, sem sequer
haver a punição exemplar às pessoas, aos homens que cometeram essa barbaridade,
sem sequer dar o direito de defesa à vítima, que deve, como bem relatado no
jornal, estar passando por um momento pessoal muito difícil. A juventude desse
menino, desse jovem que passou por essa crueldade deve estar sendo muito
difícil.
Então, eu queria,
primeiro, fazer um pronunciamento em relação à necessidade do combate à
homofobia, mas centrar-me na necessidade de acabar com qualquer código
especial. Não é possível que em 2011 nós tenhamos um Código Penal Militar que
seja desvinculado das leis para todos os outros cidadãos e cidadãs do Brasil,
sendo que a gente assiste, em pleno 2011, a uma barbaridade dessas, sem
punição. Nós exigimos punição, Ver. Pedro Ruas, imediatamente, pela barbaridade
por que passou esse jovem, sobretudo porque esse jovem tem direito de encontrar
a família, de contatar os advogados, de se defender e de cobrar punição
exemplar a esses bárbaros, jovens que cometeram esse crime hediondo com o jovem
soldado em Santa Maria. Muito obrigada, Ver. DJ Cassiá.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Haroldo de Souza. Logo após falará em Comunicações novamente.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Usarei o meu
tempo de Comunicações logo após. Quero, inicialmente, agradecer ao Ver. Haroldo
de Souza, que está presente e que me cedeu o seu tempo. Também quero agradecer
a visita da Dinorá Pinheiro, que foi, por muitos anos, funcionária do IPE e que
hoje nos visita. Seja muito bem-vinda, Dinorá.
Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, pelo ranking mundial da Educação, elaborado pela UNESCO, a Organização
das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, em 2010, o Brasil ocupou, Ver. João
Dib, o número 88, entre 123 países analisados. Uma triste colocação para um
país que é hoje uma das grandes potências mundiais e cuja influência é cada vez
maior em diversos setores de interesse internacional, da política à economia,
da arte à tecnologia, da produção de alimentos à produção industrial. Mas, na
Educação, desgraçadamente, somos superados em qualidade de ensino até pelos
nossos modestos vizinhos: Paraguai, Bolívia e Colômbia. Por isso, não dá para
entender qual a razão que levou o Ministério da Educação a adotar e distribuir
um livro pretensamente didático, intitulado “Por uma Vida Melhor”, da coleção
“Viver e Aprender”, para a Educação de Jovens e Adultos, o EJA. O anedotário
nacional vem até tentando brincar com o assunto ao dizer que é para justificar
o ex-Presidente Lula, que até hoje fala errado, mas que, nem por isso, deixou
de ser eleito e reeleito para o cargo máximo da nossa Nação. Também brincam os
humoristas nacionais ao dizer que pode ser para justificar o erro crasso que
comete a atual primeira mandatária do País ao exigir ser chamada de
“presidenta”. Já a nossa Presidente da Casa, professora culta que é, deu um bom
exemplo ao não permitir que a chamassem de forma errada. É “presidente” a forma
correta, e não “presidenta”.
Deixando
de lado a intervenção dos humoristas, fico pensando se o tal livro foi adotado
de forma desavisada, sem análise da qualidade do seu conteúdo, ou se foi por
inconsequência ou descaso com a Educação. Sendo um idealista nato, não posso
sequer imaginar que tenha havido algum interesse deliberado em manter a base da
pirâmide social na ignorância, para melhor ser manipulada. Quando leio manifestações
contrárias, Ver. Dib, algumas até de repúdio, Ver. Haroldo de Souza, à adoção
de tal livro, como as que foram feitas pela Academia Brasileira de Letras, pela
escritora Lya Luft, pela revista ISTOÉ e
por tantas outras pessoas de renomada cultura, fico convencido de que estou
certo em também o criticar e pedir sua retirada das escolas. Vou dar alguns
exemplos. Nélida Piñon, uma das mais importantes escritoras brasileiras da
atualidade, que foi, inclusive, Presidente da Academia Brasileira de Letras,
tem autoridade, como poucos, a propósito, para falar sobre a língua portuguesa,
a respeito desse livro. Ela disse o seguinte: “O livro confirma a tese de que
esteve sempre em curso no Brasil o projeto de manter uma legião de brasileiros
como cidadãos de segunda classe”. O escritor Fernando Morais, biógrafo do
Jornalista Assis Chateaubriand, aplaudido pelo público e, ao mesmo tempo, pela
crítica, disse o seguinte: “Esse livro, Ver. DJ Cassiá, é uma barbaridade.
Trata-se de um desastre, o oposto do que é pregado por uma pessoa minimamente
civilizada”.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Carlos Nedel continua a
sua manifestação em Comunicações, a partir deste momento utilizando seu próprio
tempo.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Francisco da Silva Borba, um eminente linguista e editor, ex-professor
da Unifesp, foi direto ao ponto: “O aluno tem que ser ensinado. Se ele tolerar
infração às regras, então, para que serve a escola?” Sei que houve também manifestações favoráveis, mas,
curiosamente, foram feitas por gente, de algum modo, ligada ao Governo, com
interesse ou necessidade de defendê-lo. Vejam só, senhoras e senhores: a escola
tem como um de seus objetivos essenciais a abertura do indivíduo para o
crescimento pessoal, para o seu desenvolver, para o torná-lo melhor em todos o
sentidos. É pelo uso das palavras, na fala ou na escrita, que o homem expõe os
seus pensamentos, as suas ideias e tenta se fazer compreender. Quem não tem o
hábito de ler não pensa bem, não escreve bem e, pior que isso, não fala bem. No
processo de comunicação interpessoal, é preciso expressar-se bem para dar
clareza às próprias ideias e abertura à compreensão por terceiros. Só o fato de
aceitar como normal o falar errado já é muito ruim. Agora, isso ser aprovado,
ser estimulada a escola a isso é um disparate, uma insânia, um despropósito.
A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro tomou uma atitude exemplar ao entrar com uma ação
coletiva de consumo, no último dia 20, contra a Editora Global, responsável pelo
pretenso livro didático. De minha parte, estou entrando com uma indicação ao
Ministério da Educação, para que retire imediatamente o livro deseducador das
escolas do País e não o distribua, sob hipótese alguma, a qualquer entidade que
tenha ligação com educação ou com o Governo. Além disso, ilustre Presidente da
Comissão de Educação, Ver. Professor Garcia, estou encaminhando requerimento à
Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude desta Casa, no sentido de
que promova um grande debate no Município sobre esse tema, com a participação
de escritores, professores de português, linguistas, jornalistas e todos
quantos tenham interesse pelo assunto. Eu vou apresentar a V. Exª uma
solicitação, mas é evidente que a Comissão vai decidir o que bem entender. Pode
ser que, dessa forma, pelo menos uma coisa boa possa sair desse grande erro
nacional, instigando um novo e maior interesse pelo estudo do idioma pátrio.
Para encerrar, quero cumprimentar a Presidenta
Dilma Rousseff, que, em boa hora, suspendeu a distribuição do kit anti-homofobia nas escolas. Espero
que tenha o bom senso de fazer o mesmo com o malfadado livro “Por uma Vida
Melhor”, para que os estudantes brasileiros possam, de verdade, ter uma vida
melhor, construída no acerto e não em cima do erro. Agradeço a atenção dos Srs.
Vereadores. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, eu
sou engenheiro civil, já construí, já fiz reparos, já fiz reformas, já fiz
manutenção. Eu hoje li no jornal Zero Hora uma crítica à reforma que está sendo
feita no Túnel da Conceição. Eu era Prefeito, e, em 1985, nós trocamos os
calços do Viaduto da Conceição. Nos 16 anos da administração petista,
reiteradas vezes tentaram fazer a reforma necessária, a manutenção necessária
do túnel. Por alguma coisa, não saiu, mas fizeram projeto, fizeram concorrência,
inclusive, e não conseguiram resolver o problema. Agora a SMOV está fazendo os
reparos necessários, indispensáveis para que o túnel continue dando segurança à
população porto-alegrense que se desloca por veículos - automóveis, motos,
bicicletas, caminhões, enfim - pelo Túnel da Conceição; túnel que, de resto,
foi previsto pelo Prefeito Loureiro da Silva em 1939.
Eu, preocupado com o que acontecia lá, fiz um
contato com o Secretário de Obras, para saber o que está acontecendo. A
informação que me veio eu quero transmitir aos meus ilustres Pares e quero,
também, que chegue ao jornal Zero Hora (Lê.): “1 - Reforço da Laje Superior –
Colocação de Concreto Incorporado. Aumento da área de reforço da estrutura em
900 metros quadrados, passando para 2.900 metros quadrados [Estavam previstos
apenas 2.000 metros quadrados, mas se sabe que, quando se vai reformar, quando
se vai fazer reparos, começam a aparecer outros problemas.] em função das
inspeções realizadas nas câmaras situadas entre as longarinas. 2 - Implantação
do Sistema de Drenagem. Projeto inicial previa a implantação de drenos
sub-horizontais, que foram substituídos por drenagem nas paredes (112 m) e no
solo (320 m). [É o que está fazendo, e é o que mostra hoje o jornal Zero Hora.]
3 - Ampliação e desobstrução de redes pluviais. Aumento em 59 m da rede de
esgoto pluvial existente com tubos de 40 cm de diâmetro. Aumento do número de
bocas de lobo para 12 unidades. Desobstrução de 800 m de rede existente de tubo
de 40 cm de diâmetro. 4 - Reconstrução da Escadaria ao lado da Igreja da
Conceição. Existem infiltrações, oriundas desta escadaria para dentro do Túnel,
precisando então da recuperação e implantação de drenagem na mesma. 5 -
Tratamento do Concreto e Impermeabilização de Juntas. Aplicação de poliuretano
no concreto para torná-lo impermeável e colocação de juntas de expansão. 6 -
Pintura geral do Túnel.”
Como eu disse, quando se vai fazer um reparo,
quando se vai fazer uma reforma ou um projeto, analisa-se o que vai ser feito.
Mas, quando começa o reparo, a reforma, aparecem outros problemas que não eram
vistos, porque deveria se fazer uma movimentação numa parede, num pilar, enfim.
E aí começam a surgir mais problemas.
O prazo primeiramente estipulado foi diminuído, e
vai ser feito em prazo ainda menor do que aquele estipulado anteriormente.
Lamentavelmente, em função desses problemas que surgiram no decorrer da
implantação da reforma, nós vamos ter um pouco mais de tempo, mas vamos ter a
segurança necessária para aquela obra, tão importante para a cidade de Porto
Alegre. Eu sempre disse que, se o Prefeito Telmo
Thompson Flores não tivesse
feito o Complexo da Conceição, a Cidade não se movimentaria mais. Há pouco
tempo disseram que havia uma bomba dentro do Viaduto. O que ocorreu? A Cidade
toda ficou congestionada, porque a Brigada Militar se dirigiu para lá para
pesquisar se teria ou não a bomba. A bomba não tinha grande porte, não tinha
grande problema, foi retirada. Então, a obra é essencial para Cidade. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está encerrado o período de Comunicações.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MARIO
FRAGA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias, público que nos assiste
pela TVCâmara, hoje o período de Liderança usado por mim dá-se graças a um
acordo da nossa Bancada, que tem a Liderança exercida pelo Ver. Mauro Zacher;
por esse acordo, a cada Sessão, um Vereador ocupa este tempo. Quero deixar
esclarecido que falo, neste momento, em Liderança, mas também falo em meu nome.
Aproveitando a
presença de algumas lideranças da Zona Sul, junto com o Ver. Comassetto -
lideranças aqui da Casa que estão com o Ver. Comassetto -, também gostaria de
falar sobre os lotações para o Extremo-Sul, porque na Zona Sul já há lotações.
No Extremo-Sul, meu amigo Valdir Fraga, é que não há lotações. Estivemos aqui,
de passagem, na Audiência Pública, na sexta-feira, e conseguimos escutar do
Secretário da EPTC, o Vanderlei Cappellari, que os estudos dos lotações para a
Restinga e para Belém Novo estão muito adiantados; inclusive, eu escutei, ainda
do meu gabinete, quando o Ver. Comassetto fez a intervenção dele também,
elogiando a EPTC, em virtude de os estudos estarem avançados. Mas o que eu
gostaria de esclarecer é que, aqui na Casa, há um Projeto do Executivo, que é
do Prefeito José Fortunati; esse é o Projeto que será votado na Casa e, se Deus
quiser, será votado por todos os Vereadores para que o nosso lotação no
Extremo-Sul saia do papel.
Queria deixar claro
que, se esse Projeto não for aprovado, será muito difícil sair o lotação, pois
aqui nesta Casa todos os Vereadores têm os seus interesses, e muitos Vereadores
que já passaram por aqui... Inclusive eu, em 1995 ou 1996, já fiz um pedido,
naquela época, à Secretaria Municipal de Transportes, solicitando o lotação
para Belém Novo. Dali em diante, outros Vereadores entraram nessa luta: o Ver.
Comassetto, o Ver. Sebastião Melo, o Ver. Reginaldo Pujol - e ainda falta um
Vereador que tratou desse assunto dos lotações para o Extremo-Sul. Então, eu
queria dizer a quem nos escuta e a quem nos assiste que os lotações para Belém
Novo e para a Restinga, do ponto de vista deste Vereador, estão bem mais
próximos de serem implantados. Infelizmente, os Governos passaram - e muitos Governos
passaram -, e nada aconteceu. E, agora, eu vejo que nós temos uma grande chance
de termos o lotação, em especial na Restinga, em especial em Belém Novo, onde a
comunidade aguarda há mais tempo e está ansiosa por esses dois tipos de
transporte, que é o lotação para os bairros Belém Novo e Restinga.
Então, faço um apelo aos meus Pares: o Projeto
agora já está nas Comissões, começa a avançar, e, possivelmente, num prazo...
Infelizmente para um e felizmente para outros, haverá o recesso aqui na Casa,
então não poderão ser votados Projetos do dia 10 ao dia 30 de julho, mas, na
primeira semana de agosto ou no começo de agosto, tenho quase certeza de que
este Projeto já estará apto a ser votado pelos Pares aqui na Casa. Já digo às
comunidades - e hoje há alguns representantes da Zona Sul aqui - que estejam
preparadas, porque este é o Projeto que vai levar, se Deus quiser, os lotações
para os bairros Restinga e Belém Novo.
Antes de terminar o meu tempo, gostaria de
agradecer também ao Vanderlei Cappellari, que mandou, à nossa Região, o Jorge
Ribeiro, para algumas providências em frente à Escola Madre Raffo, em frente à
Curva da Morte, lá na Estrada do Lami, e também na curva que existe na frente
da entrada do Loteamento Terra Ville, onde perdemos um amigo há 30 dias, para
que haja uma sinalização mais forte, em especial nesses três locais: no
Glicério Alves...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Nilo Santos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NILO
SANTOS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras; Srª Presidente,
nesta fala dirijo-me a V. Exª, até reconhecendo a sua sensibilidade e
reconhecendo também a sua luta em favor daqueles que trabalham e merecem um
salário digno. A senhora se manifestou, em frente à Prefeitura, pedindo que o
Chefe do Poder Executivo desse aumento aos municipários. Parabenizo-a pela
coragem, mas entendo que não era o correto, pelo fato de a senhora estar
representando os 36 Vereadores. Uma manifestação como essa, parece-me - opinião
minha -, Srª Presidente, não cai bem.
Mas a Bancada do PTB, em nome dos Vereadores
Brasinha, Tessaro, Elói Guimarães, DJ Cassiá e deste Vereador, vem reivindicar,
Srª Presidente, que, com a mesma força, a mesma garra, o mesmo empenho que a
senhora pediu ao Chefe do Poder Executivo aumento para os municipários, a
senhora, como Chefe do Poder Legislativo, conceda aumento aos servidores aqui
da Câmara; primeiro, porque há uma perda acumulada pela inflação, nos últimos
12 meses, de 6,51% e mais 5% de aumento real aos vencimentos. Isso dá um total
de 11,51%. Assim como a senhora, no seu discurso, disse que o Prefeito, Chefe
do Poder Executivo, deveria pagar aos municipários, eu tenho certeza absoluta,
Srª Presidente - a nossa Bancada está acreditando -, que, com a mesma força, o
mesmo empenho, a senhora irá pagar aos servidores aqui da Câmara. Por isso
estamos nos empenhando nessa luta, apoiando-a na realidade, porque eu tenho
certeza de que a senhora vai efetuar esse pagamento.
Há também o aumento do valor do vale-alimentação.
Como a senhora mesmo se manifestou diante do Poder Executivo, dizendo que era
uma miséria, tem que aumentar o vale-alimentação. Sim, disse que não era um
valor digno, um valor ideal para os municipários; então não é um valor ideal
também o valor que os servidores aqui da Casa recebem, Ver. Bernardino, Ver.
Tessaro. Eles estão pedindo R$ 18,24, o que acho justo, porque nós, como
Vereadores, passamos, mas eles permanecem construindo a história, mantendo viva
a história da Câmara, dos nossos atos; eles seguem o trabalho deles. É
justíssimo, Srª Presidente, que eles recebam então esse aumento no valor do
vale-alimentação. Fica aqui o pedido da nossa Bancada, Srª Presidente.
Já adianto aqui que tenho a impressão de que, assim
como a senhora, como Chefe do Poder Legislativo, manifestou-se diante do Chefe
do Poder Executivo, dizendo que ele deveria pagar o aumento pedido pelos
municipários; a senhora, como Chefe do Poder Legislativo, que tem o poder de
dar o aumento, com certeza, pagará o aumento para os servidores da nossa
querida, da nossa estimada Câmara de Vereadores. Apenas quero fazer esta
manifestação, Srª Presidente, apelando então à sua sensibilidade, aproveitando
que a senhora está no calor da batalha, a senhora que esteve envolvida nessa
luta dos municipários: que a senhora agora também esteja ao lado dos servidores
desta Casa e cumpra com aquilo que a senhora pediu que o Chefe do Poder Executivo
cumprisse - o pagamento. Cumpra, Srª Presidente, com o pagamento, com o aumento
real, para que essa perda acumulada seja reparada, e com o aumento do
vale-alimentação e outros pedidos que os servidores da nossa Câmara estão lhe
fazendo. E que a senhora seja rápida, que a senhora, numa ação imediata,
autorize o pagamento do aumento aos servidores. Obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras,
público que acompanha, neste momento, a nossa Sessão, em plena segunda-feira;
primeiro, eu tenho certeza absoluta, Ver. Nilo, de que a nossa Presidente irá
se pronunciar em relação ao tema que V. Exª traz aqui. Nós sabemos, sim, que
todos os trabalhadores merecem um bom reajuste, merecem, no mínimo, as perdas
acumuladas no ano, mas esse é um fato muito preocupante e delicado, que não é
só a Presidente que deve resolver, e sim a Mesa Diretora, da qual o PTB tem a
Vice-Presidência, com o Ver. DJ Cassiá. Acho que é um assunto muito bom para
ser discutido na Mesa, segunda-feira, e, com certeza, os servidores fazem jus a
um bom e merecido reajuste.
Mas quero aqui me pronunciar com relação a um tema,
acredito eu, de extrema importância, que é o que está sendo discutido como
diretriz, no momento, da Saúde da nossa Cidade, dos nossos cidadãos, enfim. Nós
sabemos que, através da Secretaria Municipal da Saúde, do Conselho Municipal de
Saúde, estão se realizando as pré-conferências preparatórias à Conferência
Municipal de Saúde em Porto Alegre, de que estive participando no sábado, na
Região Leste de Porto Alegre, mais precisamente na Lomba do Pinheiro, e nós
percebemos claramente o quanto é importante oportunizar ao cidadão a opinião, a
palavra, a sugestão do que está para mudar na cidade de Porto Alegre - e, no
início de junho, vai se combinar a Conferência Municipal de Saúde.
Sabemos que a Saúde em Porto Alegre está muito
aquém da necessidade da demanda da nossa Cidade. Nós, do PT, éramos criticados
por não ter implementado mudanças significativas no tempo em que ficamos na
Prefeitura, mas achamos que fizemos, porque foi na nossa gestão que se
municipalizou a Saúde em Porto Alegre, e muita coisa melhorou, só que, nos anos
subsequentes, as coisas teriam que continuar mudando. Apesar de ter tido um
apagão nesses últimos anos, com a gestão do nobre Prefeito José Fogaça, agora
está se remodelando, e está sendo dada muito mais atenção à Saúde, com José
Fortunati e com o Secretário Casartelli, fazendo jus ao seu trabalho e à sua
dedicação.
Entendemos que a Conferência Municipal de Saúde irá
traçar diretrizes importantes para as mudanças que a Cidade precisa, e quero
dizer algumas delas: por exemplo, nós discutimos aqui, recentemente, Ver. João
Antonio Dib, que, para haver gestão plena, capaz de dar resolutividade, era
necessário ter uma instituição chamada IMESF, Instituto Municipal de Estratégia
da Saúde da Família. Esse Instituto criou, na verdade, um sistema público, mas
celetista, privado; nós entendíamos que era preciso criar uma entidade pública,
de direito público, portanto, estatutário, mas não foi isso que o Governo quis.
Entendemos que, para dar estabilidade, no futuro, isso deva ser modificado, e
esse é um debate muito importante que deve ser estendido para o conjunto da
sociedade, coisa que não foi feita anteriormente. Um tema importante também
dentro do Programa de Saúde da Família é que deve ser reduzida a carga horária
de oito para seis horas, para todos os trabalhadores da Saúde, coisa que no
IMESF não vai acontecer, portanto os médicos, por exemplo, ficarão, como os
trabalhadores, o dia todo.
Entendemos que é preciso ter um serviço 24 horas
para a população, sim, seja ele nas unidades ou nos PSFs, no turno da manhã, no
da tarde e no terceiro turno, regionalmente. Os atendimentos 24 horas são
importantes para dar o atendimento primário àquelas populações, regionalmente.
Mas entendemos que é preciso modificar essa estrutura, inclusive criando, para
as equipes do Programa de Saúde da Família, por exemplo, um segurança, um
auxiliar administrativo, equipes multidisciplinares, que hoje estão fazendo
muita falta, para fazer com que, de fato, esse Programa dê certo e possa fluir.
Por outro lado, percebemos que a regulação dos
serviços não aconteceu. Não é por acaso que os grandes hospitais hoje clamam
pela regulação, porque muitos são os procedimentos que até então o gestor não
oferece, não compra no mercado; enquanto a Secretaria da Saúde não conseguir
manter esse atendimento adequado para toda a população, ela precisa, sim, dos
hospitais filantrópicos, das entidades que dão uma contrapartida e que oferecem
serviços para a população. É inadmissível percebermos que a gestão ainda não é
completa, que centenas de trabalhadores ainda estão esperando na fila por uma
consulta, para um exame ou para uma internação. Então, são oportunas as
pré-conferências...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereadores, peço a atenção de vocês, porque nós
decidimos, na Mesa, que eu não iria segurar o tempo. A Mesa Diretora acha que
tem que tratar todos iguais. Às vezes, é muito importante aquela frase final,
então atenção para o relógio, por favor!
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, as boas notícias hoje estão chegando, Ver. João Dib. Sobre o
funcionalismo, eu não vou falar nada, porque as pessoas que participaram mais
ativamente do que eu falarão. Eu queria falar da dificuldade que o nosso
comércio varejista tem: estão sobrando vagas, e faltando candidatos para
trabalhar no comércio de Porto Alegre. Essa é uma notícia boa para a população
que pode comprar. E os lojistas, através do Presidente em exercício, o Krause,
não se queixam, porque o Sindilojas, Ver. Toni Proença, está oferecendo 700
vagas para qualificar jovens e para aqueles que estão interessados em trabalhar
no comércio. A solução, na iniciativa privada, é mais rápida, mais barata e bem
mais objetiva. Os comerciantes de Porto Alegre, através do Sindilojas, estão
oferecendo essas 700 vagas para quem quiser se qualificar, e, ao final do
curso, também os encaminharão para os empregos. Eles estão sabendo quais as
lojas que estão precisando de profissionais, e eles os encaminharão para que
possam desempenhar uma atividade. E isso é bom para quem? É bom para quem precisa
de emprego, bom para quem vai se qualificar e bom para o empresário, que vai
ter o funcionário qualificado. Então, eu queria cumprimentar o Sindilojas por
apresentar soluções. Isso é uma demonstração de responsabilidade social! E
responsabilidade social não é só dar coisas de mão beijada, não! O Sindilojas
está oferecendo os cursos de qualificação para os interessados em trabalhar no
comércio de Porto Alegre, que é um dos mais qualificados do Brasil.
De outro lado, também
o nosso Shopping do Porto, que nós carinhosamente chamamos de Camelódromo,
recebeu o prêmio ADVB no ano passado; este ano, a Dona Elaine Deboni recebeu a
Medalha Cidade de Porto Alegre. Mas a notícia que vem é mais importante ainda:
pelo segundo ou terceiro ano consecutivo, eles lançaram a moda de inverno num
encarte de muita qualidade que, além de mostrar o que tem de bom no
Camelódromo, também conta duas histórias de vida. Vou ler a da Clairê Cristina
da Costa, que tem 48 anos. O que ela diz? (Lê.) “Tenho orgulho do trabalho que
realizei. [Quando estava nas ruas.] Mas não tenho saudades. Apesar do trabalho
árduo, paguei faculdade para uma filha e consegui dar qualidade de vida a três
filhos menores, na época; hoje, inclusive, todos formados. Eu venci.” Isso é
bonito! A outra (Lê): “Tatiane da Silveira Ferreira tem 35 anos e é um exemplo
de perseverança e empreendedorismo. [...] Planos para o futuro? Tatiane vai
continuar trabalhando com muita garra junto a sua equipe, composta pelo esposo,
Juliano Inácio, a irmã Fabiane Ferrreira e a filha Jéssica.” Então, quando eu
dizia que o Camelódromo dava oportunidade não só para aquele que estava
trabalhando, mas que ele iria crescer com o irmão, com o filho, a filha, aqui
está se provando que estava certo.
Quero cumprimentar os
empreendedores do Shopping do Porto e, principalmente, os comerciantes
populares que lá estão, e estão dando certo. Aqui temos muitos exemplos de
pessoas que venceram, de pessoas que trabalharam, ninguém fez favor algum, mas
eles aproveitaram a oportunidade de ser empreendedores e venceram. Cumprimentos
a todos os que estão no Camelódromo.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ADELI SELL: Vereadora Sofia,
quero dizer ao colega Cecchim que, quando as coisas boas acontecem na Cidade,
como o shopping do povo - que haja
alguma ação pública, também, nesse sentido, para ajudar -, nós sempre elogiamos, nós sempre mostramos o quanto é importante essa questão.
Agora, também há
problemas que temos que resolver; apontei
um deles na semana passada e sou obrigado a voltar a ele. Vou pedir ajuda aos
meus colegas da Bancada do PTB - mais uma vez, peço ajuda, Presidente Elói
Guimarães, Líder Nilo, Vereadores Tessaro e Brasinha -, para que a gente, junto
à SMOV e à DIP - Divisão de Iluminação Pública -, consiga restabelecer a
iluminação na Praça da Alfândega, onde temos um gravíssimo problema de
escuridão. Todos sabem que ali acaba sendo um lugar extremamente perigoso, e
nós precisamos resolver essa questão. Gostaria de pedir que o Ver. João Dib nos
ajude também, em relação à Praça da Alfândega, a conversar com o DMLU para uma
limpeza geral, necessária, obrigatória, urgente, porque aquilo lá virou uma
verdadeira imundice, e é preciso tratar isso com todo o afinco e dedicação. Comunico
também que, como sou do Partido que está no Governo, já mantive contatos com a
Brigada Militar para resolver o problema da insegurança na Praça da Alfândega.
Isso é de competência do Estado, já solicitei na própria quinta-feira e estou
esperando os devidos retornos para essa questão.
Nós precisamos levantar também um grave problema,
Verª Fernanda, que é o transporte coletivo em Porto Alegre. Não podemos ficar
nos queixando de que as ruas estão atopetadas de carro. Elas vão estar sempre
com mais carros, as pessoas vão comprar mais carros, porque, quando precisam
pegar um ônibus, eles estão lotados e/ou atrasados. Por exemplo, um conjunto de
pessoas tem me acionado acerca da linha Agronomia, mas não é apenas a linha
Agronomia; talvez a linha de que eu mais ouça queixas seja a T7, que é um
ônibus da Carris, mas nós estamos vendo o drama que vive a comunidade do bairro
Belém Novo. No sábado, disse-me uma pessoa que, para chegar a tempo no
trabalho, pegou um ônibus em Belém Novo, desceu em Ipanema e pegou um lotação.
É uma contradição total e absoluta essa questão, mas isso está acontecendo em
Porto Alegre.
Hoje iniciamos a
Semana do Meio Ambiente, com uma Tribuna Popular feita pelo pessoal do Senai.
Louvo o trabalho do Senai, mas os trabalhos na área ambiental, em Porto Alegre,
são totalmente entrecortados: um faz um pouco aqui, outro faz um pouco lá, só
que nada está concatenado. Na Câmara Municipal, vamos ter uma oficina, e eu
espero não apenas que a gente consiga separar o lixo, mas que a empresa
terceirizada o mantenha separado e que saia daqui para os galpões de
reciclagem, segundo a resolução da Câmara, coisa que eu não tenho visto, e eu
quero ser informado caso eu esteja errado em alguns dos pontos que acabei de
levantar aqui.
A economia do lixo é
tremenda, Ver. Cecchim, e nós poderíamos estar ganhando muito dinheiro! Os
galpões de reciclagem poderiam ter as condições que têm os galpões de Caxias do
Sul. Falo aqui com a Bancada do PMDB, porque a gestão do DMLU é do PMDB. Como é
que, em Caxias, os galpões de reciclagem têm os resíduos sólidos e funcionam,
como vimos, dando um justo lucro para as pessoas, e, em Porto Alegre o caminhão
de lixo não passa? Depois vêm me aplicar pelo Twitter: “Não, mas o caminhão
entrou na Lopo a tal hora e saiu a tal hora”. Sim, entrou e saiu a tal hora, só
que ninguém fiscalizou, ninguém acompanhou, e o caminhão - eu tenho duas provas
- não recolheu um saco sequer de lixo seco! Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Exma Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o que vou dizer da tribuna agora eu
estava dizendo ao colega Ver. Engenheiro Comassetto num diálogo que mantínhamos
fora do debate do Plenário. Eu estou me manifestando até numa homenagem a ele, que anteriormente
ocupou a tribuna e, de certa maneira, me convocou para um tipo de debate. Eu
quero, honestamente, com toda a tranquilidade, afirmar a ele que não só aceito
como estimulo esse debate. Nós estamos falando do lotação na Restinga. Eu já
havia dito, Ver. Idenir Cecchim, que não é por falta de lei que a Restinga não
tem o seu sistema de lotação funcionando há mais tempo. Isso é uma novela
imensa que não começou hoje, começou no século passado e está se arrastando.
Ocorre que o Ver.
Engenheiro Comassetto, em um direito legítimo, apresentou um Projeto de Lei, e
coube a mim, como Relator da Comissão de Justiça, oferecer reparos, posição que
foi acolhida pela ampla maioria da Comissão, o que não impediria, em condições
normais, que o Projeto continuasse a sua tramitação, porque, já que ele tinha
um voto discordante do nosso Parecer - esse voto era do ilustre Ver. Adeli Sell
-, isso garantiria, por si só, a tramitação do Projeto. Exercendo um direito
legítimo, o Ver. Comassetto fez um recurso contra esse Parecer e anunciou hoje
que ele seria amanhã objeto de discussão. Eu fiz questão de explicar para ele
que não é o prazo que eu tenho estabelecido pela Comissão de Constituição e
Justiça, que estabeleceu quinta-feira como sendo esse prazo.
De qualquer sorte, o
Vereador se propõe a ir até a Comissão de Constituição e Justiça amanhã, e eu
estarei disposto a lá discutir tecnicamente a matéria e, aqui no Plenário, a
discutir a materialidade do Projeto. Eu tenho falado tranquilamente - e o Ver.
Mario Fraga é minha melhor testemunha, ouviu-me naquele maravilhoso sábado,
quando estávamos em Belém Novo, no Dia da Solidariedade - aos seus amigos que
há mais tempo lutam por ter lotação lá em Belém Novo que nós estávamos
dependendo de uma vontade política, e não de uma legislação, já que legislação
nós tínhamos o suficiente, inclusive parte dela de autoria de Vossa Excelência.
Então, Ver.
Comassetto, estamos dispostos ao diálogo. Aliás, se V. Exª não nos convidasse
hoje ao diálogo, nós iríamos participar do debate independentemente do convite.
Com toda a lisura com que estou falando, vou fazer uma afirmação: eu também não
sou um cristão completamente qualificado para o exercício do cristianismo, eu
não gosto muito de dar a outra face para bater quando me batem em uma das
faces. Belém Novo e Restinga estão tomados de boatos, de panfletos, dizendo que
sou contra o lotação naquele bairro. Vereador Mario, V. Exª sabe que não estou
inventando nada, isso é verdadeiro. Então, para mim, é ótimo que eu tenha a
possibilidade de esclarecer, de uma vez por todas, que não só sou favorável
como sou serodiamente favorável, porque, desde 1998, estou pelejando nesse sentido.
Vereador
Comassetto, eu poderia até o saudar como um novo combatente numa causa em que
eu estou militando há longos e longos anos, mas não o faço, porque poderia
parecer que quero diminuir o seu trabalho, que é muito bom, inclusive a sua
manifestação jurídica, pela qual o cumprimento. O senhor é um engenheiro
agrônomo que tem um grande saber jurídico; se não um saber pessoal, pelo menos
sabe buscar um bom assessoramento para apresentar. Por isso eu não estou
querendo oferecer uma manifestação à sua reparação...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Pujol.
O Ver. Pedro Ruas
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente Sofia Cavedon,
Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, eu e a Verª Fernanda
comentávamos, agora há pouco, que teremos, a seguir, a Ordem do Dia e a votação
da Moção de Repúdio ao Relatório do Deputado Aldo Rebelo quanto ao Código
Florestal no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados. Vereador Dr. Thiago,
esse tema não terá encaminhamentos; então, permitam-me abordá-lo em Liderança,
já que é um espaço partidário, e esse Projeto, Ver. Cecchim, que teve o voto e
o apoio de V. Exª, é o primeiro que votaremos e analisaremos, pela importância
do posicionamento da cidade de Porto Alegre sobre o tema.
Existem vários
absurdos no Relatório aprovado, e, do nosso ponto de vista - eu digo nosso, do
PSOL, Ver. Proença -, um dos que mais chamam a atenção é essa anistia aos
criminosos até julho de 2008. São crimes hediondos! Nós temos um desmatamento
que vai custar um preço altíssimo a muitas gerações além da nossa. Nós temos o abate
de animais, o abate proibido de animais; nós temos a caça clandestina; nós
temos, por todos os lados, a grilagem, a aquisição de terras, Ver. Cecchim,
mediante posse fraudulenta para enriquecimento próprio ou para venda a
terceiros; são milhares, eventualmente milhões de hectares no nosso País. É uma
situação muito difícil!
Como pode um projeto ser o retrocesso em relação a
uma legislação que havia e que protegia o meio ambiente brasileiro? O Código
Florestal é de 1934, Ver. João Dib, e, em 1965 - e enfatizou isso muito bem o
Ver. Beto Moesch na última quarta-feira -, a Comissão Especial para a reforma
do Código já concluía pela necessidade de proteção ao meio ambiente, e agora,
em 2011, nós temos esse bárbaro retrocesso, que despreza completamente a
questão ambiental e que traz, para todos nós, o peso, o ônus de sermos
justamente a geração que mais desmatou, e é aquela que vai perdoar, Verª
Fernanda, os criminosos dessa área. Nós não podemos aceitar esse ônus, esse
peso! Nós não podemos aceitar essa linha histórica - histórica! -, não da
relação pessoal, não da ação individual, mas histórica de cumplicidade, porque
isso ocorreu no nosso tempo, e no nosso tempo isso há de ser denunciado e
punido. Nós temos essa obrigação!
E é esse o momento, de forma singela, que vamos
viver daqui a alguns minutos, porque nós vamos apreciar, exatamente, a Moção de
Repúdio que apresentamos e que já teve ampla maioria aqui, Ver. Comassetto, na
última votação, com o voto e o apoio de tribuna de V. Exª, mas que teremos,
agora, a condição de votar com quórum, com o quórum que não tivemos na última
votação. Por isso enfatizo, neste período de Liderança do PSOL, a necessidade
de que haja essa reflexão sobre a responsabilidade que nós temos, representando
Porto Alegre nesse debate, mostrando que a nossa Cidade tem,
sim, posição, que a nossa Cidade, historicamente, preserva o meio ambiente e
luta para que isso seja uma verdade para além das nossas fronteiras municipais.
Então, eu confio muito que a Câmara Municipal dará, e será a primeira, esse
grande exemplo para o País, mostrando que nós não aceitamos os delitos, os crimes
acontecidos e, mais do que isso, que nós valorizamos de verdade, efetivamente,
a questão ambiental. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra em Tempo de Presidente.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Toni
Proença. Peço licença aos queridos Vereadores e Vereadoras, serei bastante
breve, mas acho que é muito importante em função desses dias que vivemos, uma
semana de greve dos municipários.
Tive relato de que
não foi simples a assembleia geral, mas foi uma assembleia de posicionamento
bastante majoritário. Eu acho que nós, como Câmara de Vereadores, devemos, Ver.
João Antonio Dib, especialmente na sua pessoa, nos congratular com o fim da
grave dos municipários, votada há pouco. A gente sabe que o movimento grevista
é sempre dramático, ruim para os municipários, ruim para a Cidade e ruim para o
Governo. Não é bom para ninguém! E, quando a categoria chega a tomar uma
decisão dessas - muitos de vocês são sindicalistas, sabem que não é uma decisão
leviana -, ela conhece os riscos. Então, é uma decisão de grande risco, uma
decisão sempre controvertida.
E essa decisão de
greve dos municipários tem um contexto, o contexto do parcelamento da inflação
em 2009; tem, Ver. Nilo, a diferença do tema da bimestralidade, que aqui a
Câmara manteve por alguns anos para além dos municipários do Executivo; tem um
contexto das relações de trabalho, e nós sabemos que há um descompasso na
reposição dos funcionários, especialmente na Saúde e na Educação. Na Educação,
a SMED agora está nomeando um grupo grande de professores, graças, inclusive, à
criação de cargos que esta Casa proporcionou no final do ano passado e à
mobilização que nós fizemos pela CECE, para ter uma folga de cargos. Há muitos
anos que não se criava cargo de professor, há mais de dez anos, e aí ficava
muito justo o tempo de reposição.
Então, cada greve sempre tem um contexto que leva a
ela, muito tempo para responder às primeiras demandas... Mas acho - quero dizer
sinceramente -, primeiro, que eu, como Presidente da Casa, respeito muito o
posicionamento de todos vocês e cuido, zelo por essa função, porque é uma
função muito importante. Acho que é uma função que faz muita diferença na forma
como é exercida. Acho que nós podemos viver isso, a Câmara se saiu muito bem,
Ver. Dib, Ver. Pedro Ruas, especialmente, por serem os dois - nominando -,
situação e oposição. Ao receber os funcionários, ao mediar a fala com o
Prefeito, dali para hoje é que evoluiu a proposição. E a proposição salarial, a
proposição de acordo, não é lá tão diferenciada da que estava na pauta e foi
rejeitada na quinta-feira, quando os municipários vieram para cá. Porém vejam o
contexto político de acolhida, de reunião na sexta-feira, de reunião no sábado,
de reunião hoje de manhã, foram três reuniões de negociação. Houve uma recepção
do Prefeito Fortunati, houve essa recepção amistosa da Casa, e isso cria um
clima, e os municipários passam a confiar, a entender e puderam aprovar a
proposta hoje - a proposta que acabou contemplando 1,65% de ganho real, de
recuperação de perdas acima da inflação.
Mas, principalmente, quero sublinhar a conquista
dos municipários do percentual para o nível 2, Ver. Todeschini. Esta Casa já
viveu vários momentos de votação de abono, já viveu momentos de votação da
Emenda do Ver. Dib, de percentual; acho que é uma conquista histórica, para os
municipários, de dignidade para o padrão 2. Eu vivi como municipária - eu
queria a compreensão dos nossos Pares -, é a história da minha vida, fui
Vice-Presidente do Simpa, fui por cinco anos dirigente da Atempa, muitas greves
fiz contra Governos do PT, eu me aposentarei como professora, portanto não
tenho como me desvincular da minha categoria. Esta é a minha categoria de
trabalho, Ver. Brasinha.
Então, a minha participação era imprescindível, era
muito cobrada, eu precisava. E eu me retirei de propósito, para respeitar o
espaço de presidência e acho que foi importante a entrada em cena do Ver. Dib,
representando a base do Governo, portanto todos os Vereadores da base, para
fazer a mediação, para não colocar a política partidária no meio da mediação
que a Câmara poderia fazer e fez, com sucesso, para essa greve evoluir. Então,
eu quero parabenizar todos nós, especialmente o Líder do Governo nesta Casa,
por assumir corajosamente essa mediação - e aí são todos os Vereadores da base
do Governo -, porque foi um momento de coragem, foi um momento que sinalizou
para o Governo que ele precisava evoluir um pouco mais. Não saem os
municipários com sensação de derrotados, sai o Governo como quem avançou,
dialogou, e tem uma pauta positiva e importante com a categoria dos
municipários. Não tem como fazer gestão da Cidade sem a parceria do conjunto
dos municipários, e acho que esta instituição ajudou decisivamente nisso. Quero
parabenizar esta instituição e, de alguma maneira, parabenizar os municipários.
E, se em alguma medida feri a sensação dos Vereadores na condição de
presidência, ao me posicionar como municipária, eu gostaria de me desculpar.
Mas acho que o saldo disso é muito positivo para a cidade de Porto Alegre. Que
bom que essa greve encerrou em uma semana, e que daqui possa seguir um diálogo
frutífero e bom para a Cidade, para os municipários, para o Governo desta
Cidade, a partir dessa assembleia geral de hoje. Então, eu queria agradecer a
atenção de vocês e dizer isso, para tornar muito solene essa participação da
Câmara.
Lembra-me aqui a Rosane Vilasboas que nós estamos
encerrando o prazo para a construção do livro “Uma década de leis e ações
municipais”. Esse livro vai ser interessante, vai ser um livro de pesquisa, vai
ser um retrato de uma década de comandos que esta Câmara gerou para a cidade de
Porto Alegre. Então, eu acho que isso é importante para a gente marcar também o
respeito ao Legislativo, o conhecimento e a divulgação das ações do
Legislativo. Alguns Vereadores estão corrigindo seus textos, alguns Vereadores
não encaminharam, mas a Rosane está aqui. Ela tem feito um esforço enorme indo
conversar com ex-Vereadores, que são Secretários, Deputados, Secretários
Estaduais, e acho que vai ficar uma peça muito bonita para nós lançarmos na
Feira do Livro.
E lembro, por fim, que iniciou a Semana do Meio
Ambiente. Eu tive uma agenda importante no início da tarde, sei que a Tribuna
Popular tratou sobre as tecnologias sustentáveis. Esta semana nós teremos
várias atividades; amanhã, a COSMAM, especialmente, fará um seminário pela
manhã e pela tarde, e, na quinta-feira, nós teremos o reconhecimento do Delta
com os cidadãos honorários. E quero agradecer aqui a Comissão da CPI, que mudou
as oitivas para sexta-feira, o dia inteiro, para os Vereadores poderem
acompanhar a atividade no Delta do Jacuí. Eu gostaria, então, de convidar todos os Vereadores a se somarem a essa atividade. Esse é um momento de
estarmos juntos, um momento de também pensarmos alternativas para os grandes
problemas do nosso Delta e a sua gente. Já existem movimentos, de várias
maneiras, mas nós vamos reforçar, no sentido de transformá-lo num patrimônio da
humanidade, como são vários deltas do mundo. Reforço que será quinta-feira pela
manhã. Nós vamos pagar o nosso passeio, custará R$ 20,00, e peço que o conjunto
dos Vereadores priorize isso na sua agenda. Obrigada pela atenção.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Lembro a todos
que o Tempo de Presidente, conforme art. 16, inc. I, alínea e do nosso Regimento, não tem o tempo
marcado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Nobre Vereador-Presidente, já que dois detentores do tempo de Grande
Expediente transferem seu tempo para quinta-feira, eu solicitaria a V. Exª que
entrássemos na Ordem do Dia e pedíssemos que os Vereadores que estão nos seus
gabinetes viessem imediatamente para o Plenário.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Acolho o seu
Requerimento e devolvo a condução dos trabalhos da presente Sessão à Presidente
Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de
autoria do Ver. João Antonio Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h45min):
Havendo quórum, passamos
à
ORDEM DO DIA
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 016/11 – (Proc. nº 1259/11 – Verª Fernanda Melchionna e Ver. Pedro Ruas) – requer Moção de
Repúdio ao relatório do Código Florestal apresentado pelo Deputado Federal Aldo
Rebelo. Obs.: encerrados os encaminhamentos.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 016/11, de autoria do
Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna. Com relação a este Requerimento,
foram encerrados os encaminhamentos, porque, na hora da votação, não havia
quórum, e foi anulada a votação.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Srª Presidente, é correta a informação de V. Exª de
que a votação se realizou e constatou-se a inexistência de quórum, e, como
decorrência, V. Exª anulou aquela votação. Isso faz com que tenhamos uma nova
votação. Correto?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, uma nova votação.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Consequentemente, novos encaminhamentos.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador Reginaldo Pujol, este tema já foi objeto
de avaliação pela CCJ, através do Processo nº 2.074/07, e a CCJ entendeu pela
seguinte resolução: quando a falta de quórum for constatada na coleta de votos,
na Sessão seguinte será priorizado o Projeto; sendo tomados os votos, não
cabendo encaminhamentos. Então, a Mesa, em 23-04-2007, adotou essa orientação
da Comissão de Constituição e Justiça. Se V. Exª deseja uma nova análise, eu
gostaria que a requeresse.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Baseada nessa posição da Comissão de Constituição e
Justiça, a senhora decide que não haverá encaminhamento?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exato.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu quero recorrer da sua decisão. Sei que V. Exª
não vai dar efeito suspensivo; então, é muito mais para futuros projetos, pois
quero deixar mais claras situações semelhantes.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem, Ver. Reginaldo Pujol. Solicito que V. Exª
requeira, por escrito, a reconsideração, a reanálise da CCJ para votação nesses
casos. Consulto os autores se concordam com a sugestão do Ver. Reginaldo Pujol.
(Pausa.) Não? Querem manter a votação.
Em votação nominal o Requerimento nº 016/11.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 15 votos SIM, 08 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4234/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 055/10, que institui o Plano Diretor para
manutenção e ampliação do Parque de Iluminação Pública do Município de Porto
Alegre.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 23-05-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 055/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE nº 055/10. (Pausa.) O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores; antes de vir encaminhar, conversei com
o Líder do Governo, o Ver. João Dib, para falar a ele das razões por que eu
faria o encaminhamento e não a discussão desta matéria. Eu quero, Ver. Tessaro,
cumprimentar a Administração Municipal, porque, quando foi votado aqui o
Projeto Reluz, eu lembro que nós tivemos algumas divergências com relação a
valores que estavam sendo captados para a realização do projeto. Nós, na época,
colocamos uma Emenda, dizendo que nós éramos favoráveis ao Projeto Reluz desde
que o Município encaminhasse, para a Câmara Municipal, um projeto para um Plano
Diretor de Iluminação Pública. E esse Processo nº 4.234 cumpre exatamente
aquilo que foi votado por esta Câmara Municipal há, eu acredito, dois ou três
anos. Nós cobrávamos do Executivo, posteriormente, em várias oportunidades, que
aquilo que havia sido votado no Projeto Reluz fosse colocado em prática, porque
acreditávamos haver uma grande necessidade de que a iluminação colocada em
Porto Alegre, Ver. Elói Guimarães, não fosse colocada de forma aleatória, mas
que ela cumprisse aquilo que os técnicos determinassem, para que pudesse
favorecer a Cidade de uma forma uniforme. Acredito que a legislação que foi
enviada para a Câmara Municipal através do Plano Diretor proposto cumpre
exatamente aquilo que foi combinado, tratado e votado nesta Casa. Por isso
quero pedir desculpas aos Vereadores da Câmara, porque tomo o tempo na tribuna,
mas eu não poderia deixar de vir...
(Aparte antirregimental.)
O SR. LUIZ
BRAZ: A favor, com certeza! Eu não poderia deixar de vir aqui para fazer esse
agradecimento e esse reconhecimento à Administração Pública do Município,
porque o que foi votado aqui está sendo cumprido na íntegra pelo Executivo
Municipal.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; meus colegas
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores; estamos na iminência de votar mais
um Plano Diretor setorial da cidade de Porto Alegre: o Plano Diretor para a
manutenção e ampliação do parque da iluminação pública do Município de Porto
Alegre. Porto Alegre vem recebendo nos últimos períodos - posso dizer no último
um ano e meio -, Ver. Nilo Santos, uma atenção muito forte em termos de
iluminação pública. E aqui quero fazer um registro, inclusive, sobre o Secretário
Cássio, que tem atuado diferente do Secretário anterior e atendido com mais
rapidez os pedidos dos Vereadores em relação à iluminação pública.
Esse Plano busca, justamente, otimizar a atuação da
iluminação pública, até porque votamos, aqui nesta Casa, creio que há quatro ou
cinco anos, a Taxa de Iluminação Pública. Quando há Taxa de Iluminação Pública,
a população busca que a eficiência e a eficácia sejam uma realidade. O Plano
Diretor traz a intervenção para manutenção e ampliação do parque de iluminação
pública com um conjunto de objetivos. Um dos principais é a redução do consumo
e o uso racional da energia elétrica em iluminação pública. O debate que
fizemos, há poucos minutos, sobre uma Moção em relação à votação do Código
Florestal parece que não tem nada a ver com o tema da iluminação pública, mas
tem tudo a ver! A utilização racional da energia elétrica vinda dos recursos
hídricos, dos nossos mananciais hídricos, está diretamente relacionada ao tema
que estamos debatendo.
O Plano Diretor tem por objetivo: reduzir o consumo
da energia elétrica; oferecer um maior conforto e segurança à população,
inclusive quanto à questão da estrutura da energia elétrica nas cidades;
melhorar a qualidade da iluminação pública na cidade de Porto Alegre; reduzir
os custos de manutenção, porque as novas lâmpadas de mercúrio, que estão sendo
instaladas e que vêm do Programa Reluz - diga-se de passagem, um convênio com o
Governo Federal que é estendido às grandes cidades -, têm melhorado bastante.
Inclusive, o produto das lâmpadas de mercúrio é muito menos tóxico do que o das
lâmpadas até então utilizadas, porque, quando as lâmpadas são descartadas, os
gases vão para o meio ambiente. Essa política é uma política tecnológica também
para reduzir os danos que os equipamentos de energia elétrica causam,
principalmente quando são descartados.
Esse Plano também contribui para o aumento da
Segurança Pública. Nós estamos fazendo um debate aqui sobre Segurança.
Normalmente, um dos pontos que as comunidades, principalmente as da periferia,
quando buscam segurança, Dr. Raul, pedem é iluminação pública, para que os
moradores das comunidades possam transitar com mais segurança à noite. O Plano
introduz a gestão energética como um novo papel para Administração Municipal,
até porque esse tema da gestão energética nunca foi uma grande preocupação dos
Municípios, sempre ficou como uma preocupação dos Estados e da União - a União,
porque tem que montar a política de gerir a energia elétrica, e os Estados, através das companhias, porque tem que distribuir. Mas
quem consome, Ver. Airto Ferronato, são os Municípios. Portanto, introduzir a
gestão energética como um papel da Administração Municipal é um dos objetivos
deste nosso Plano. E, também, aquilo que é muito comum: nós criarmos uma política
de combater o desperdício da energia elétrica, porque, por incrível que pareça,
uma lâmpada acesa em cada casa numa cidade é um consumo imenso que nós temos, é
desperdício da energia elétrica. Então, eu venho aqui cumprimentar o Executivo
Municipal por este Projeto do Plano Diretor da Iluminação Pública. A nossa
Bancada votará favoravelmente. Um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario
Fraga está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias, público que nos assiste
pela TVCâmara, estamos aqui mais para relatar a posição do Partido Democrático
Trabalhista, o PDT, que hoje, na sua reunião semanal, decidiu que vamos
continuar apoiando este Plano Diretor de Manutenção e Ampliação da Iluminação
Pública em Porto Alegre, Plano que já vinha sendo discutido há mais tempo,
desde o outro Secretário, o Maurício Dziedricki, nosso colega, ex-Vereador e,
hoje, Secretário de Estado no Rio Grande do Sul. Maurício Dziedricki já tinha
discutido conosco essa matéria, que, agora, foi implementada através do novo
Secretário Cássio Trogildo.
Eu acho que esta
ainda é uma das falhas que nós temos na nossa Cidade, a iluminação pública, não
por falha técnica ou falha humana, mas pela reposição. Eu atuo mais na área do
Extremo-Sul, onde é mais difícil chegar a manutenção. Então, este Plano vem dar
uma sustentação maior à Secretaria de Obras, através de algum convênio ou
alguma contratação, uma licitação que sairá através desse Plano Diretor de
Iluminação Pública. Venho aqui, representando a Bancada do PDT, para dizer que
damos apoio total e damos também os parabéns ao nosso Prefeito José Fortunati,
que manda para esta Casa, mais uma vez, um Plano para que a nossa Cidade
avance. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, acompanhei de perto, quando estava
ainda no Executivo, a elaboração deste Projeto. Lembro que nós avançamos em
alguns aspectos, que eu quero compartilhar com os amigos Vereadores. Um deles é
a questão das praças e parques na Cidade. Porto Alegre hoje tem 596 praças, 8
parques e 3 unidades de conservação, e a grande maioria das praças não possui
iluminação, Ver. João Antonio Dib. A cada praça que é inaugurada, a comunidade
faz a primeira reivindicação: iluminação. E a iluminação, que deveria ser para
o lazer e a recreação, hoje serve muito mais como medida de segurança pública.
Então, nós temos que trabalhar nisso. Ela vai oferecer espaço de lazer e
recreação para fazer atividades esportivas e recreativas à noite? Vai, mas ela
serve para segurança pública, porque uma praça iluminada não vai ser ocupada
por marginais, por pessoas que não têm nada a ver com aquilo para o que ela foi
criada. Na época da SMAM, nós utilizávamos um slogan, quando lançamos o Projeto Povo na Praça, e dizíamos: uma
praça não ocupada vai ser ocupada por desocupados.
Então, por isso vem este Projeto com a
possibilidade de resgatar... E é claro que também a população tem que ter
calma, porque não é aprovar o Projeto e no outro dia todas terem iluminação
pública. Mas eu tenho certeza de que, num curto espaço de tempo - porque, do
total das 596, mais de 200, ou seja, um terço, já têm -, poderemos, num espaço
de quatro a seis anos, fazer com que todas as praças tenham; e podemos acertar
também no sentido de que todas as que vierem a ser lançadas, novas, de novos
loteamentos, já venham com a obrigação de terem iluminação pública. Também foi
prevista, eu lembro, a questão da arborização, porque muitas vezes as pessoas
reclamam: “Aqui na minha casa tem uma luminária, mas tem uma árvore que está
atrapalhando”. Prevê também alterações de luminárias para esse tipo de
situação.
Então, é um Projeto bom e que resgata aquilo que
nós, Vereadores, votamos há quatro ou cinco anos, que foi aquela Taxa de
Iluminação. E a população, quando paga, mais do que nunca, ela quer qualidade
de serviço. Então, eu não tenho nenhuma dúvida de que esse Plano Diretor vem
construir, vem somar, mas volto a dizer: hoje a iluminação pública é muito mais
tratada como Segurança Pública do que qualquer outra coisa. Por isso vamos
votar favoravelmente ao Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar
a votação do PLE nº 055/10.
O SR. DJ
CASSIÁ: Srª Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, eu não vou, meu Líder, ocupar os cinco minutos, até porque
hoje pela manhã a gente discutiu bastante a questão do Projeto. Mas eu não
poderia, Ver. Ferronato, deixar de vir a esta tribuna, porque, quando eu tenho
que fazer uma manifestação de cobrança, eu venho a esta tribuna e cobro, e,
quando se tem que cumprimentar, independente de Governo, Ver. Ferronato, sobre
o que é benefício para a sociedade, nós não podemos ter dificuldade de falar
daquilo que é bom, seja do Governo A, B ou C. E eu quero aqui, mais uma vez, me
manifestar em relação a este Projeto, que é um Projeto do Executivo que
beneficia um coletivo da sociedade. E o Ver. Garcia disse bem: “Iluminação
pública é prevenção”.
O Executivo, através do Secretário Cássio, fez uma
revolução em iluminação pública nesta Cidade. Há muita coisa para se fazer? Há
muita coisa para se fazer, com certeza! Mas em muita coisa se avançou durante
os anos deste Governo. Quero aqui agradecer ao Secretário Cássio, que,
atendendo também ao nosso pedido, encaminhou hoje, para estar aqui dando uma
assistência a esta Casa, o José Luiz, Supervisor da DIP - Divisão de Iluminação
Pública -, e a Ilza, que é Chefe de Gabinete do Secretário Cássio Trogildo.
Então, eu não vou mais me prolongar, mas vou, Ver. João Antonio Dib, mais uma
vez, cumprimentar: parabéns à sociedade, que ganha. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, o
Ver. Dib havia me solicitado que eu não ocupasse a tribuna para dar mais
velocidade na aprovação desta matéria relevante. Não é um Projeto qualquer que
estamos aprovando; nós estamos aprovando o Plano Diretor de Iluminação Pública
da Cidade de Porto Alegre, um projeto de grande significado. É lógico que esta
matéria foi bem discutida, mereceu quatro pareceres: do Ver. Bernardino
Vendruscolo, da área jurídica, parecer favorável, aprovado por unanimidade; do
Ver. Idenir Cecchim, na Comissão de Finanças e Orçamento, também aprovado por
unanimidade; do Ver. Nilo Santos, na CUTHAB, aprovado por unanimidade, e,
finalmente, do Ver. Mario Manfro, na Comissão de Meio Ambiente, em que também
mereceu aprovação unânime. Todas as Comissões da Casa que analisaram a matéria
foram unânimes em aprovar. Então, é uma matéria que não padece de maior dúvida.
Eu apenas quero
acentuar que escolhi, no Parecer do Ver. Mario Manfro, um trecho que quero
transformar na minha declaração de voto. Ver. Mario Manfro, V. Exª diz (Lê.):
“Ao examinar o Projeto, ressalto dois pontos importantes. O primeiro diz
respeito ao levantamento das informações sobre o logradouro a ser iluminado. A
Proposição prevê esse levantamento nos projetos de ampliação do Parque de
Iluminação Pública. Destaco aqui a questão crucial do vandalismo, cujas ações
de quebra intencional de lâmpadas nos postes e outros equipamentos públicos são
bastante recorrentes. No caso dos corredores de ônibus, a população
porto-alegrense tem presenciado a destruição e o furto de lâmpadas num período
de menos de um mês após a conclusão das reformas desses equipamentos públicos.
As informações referentes aos pontos de vandalismo possibilitarão medidas
para reduzi-lo, o que, seguramente, refletirá positivamente nos custos e na
segurança pública.”
O Ver. Manfro vai mais adiante, afirmando (Lê.): “O
segundo ponto está afinado com a questão ambiental. Ao valorizar os projetos
que visem à utilização de redes subterrâneas, a fim de melhorar o aspecto
visual do ambiente urbano, o Poder Público demonstra a preocupação em reduzir a
poluição visual produzida pelo conjunto de fios e cabos em postes. As redes
elétricas aéreas, ao cruzarem logradouros, ficam expostas a ações de força
maior que podem causar problemas à segurança e à vida das pessoas. Portanto, é
medida importante para evitar danos à população.”
Essas colocações objetivas do Ver. Manfro eu
introduzo como até sendo a minha justificativa de voto favorável, Srª
Presidente, na medida em que esse poder de síntese, demonstrado pelo eminente
Vice-Presidente da Casa, transforma o seu Parecer em um verdadeiro manifesto e
em uma verdadeira tomada de posição, à qual eu subscrevo integralmente e transformo
na minha declaração de voto neste momento. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores,
eu acredito que este Projeto que estamos encaminhando, dada a sua importância,
merece, sim, uma posição nossa, de cada Bancada. Estamos votando agora o Plano
Diretor para Manutenção e Ampliação do Parque de Iluminação Pública do
Município de Porto Alegre. Acho que, primeiramente, precisamos trazer a nossa
saudação ao Prefeito Municipal, dizendo da relevância e importância deste
Projeto. Nós precisamos também reconhecer, sim - como tenho sempre reconhecido
-, o trabalho que presta, que atenciosamente encaminha e competentemente
executa o nosso estimadíssimo amigo particular e Secretário Cássio Trogildo.
Então, acho que também aqui nós precisamos fazer essa referência à SMOV no
contexto do Município de Porto Alegre.
Todos nós aqui estamos para analisar, discutir,
muitas vezes para emendar e criticar projetos que aqui chegam, mas este é um
Projeto que, parece-nos, será aprovado na íntegra, porque atende aos anseios do
cidadão e da cidadã do nosso Município. A aprovação deste Projeto é um avanço
de Porto Alegre para Porto Alegre. E, claro, vamos votar favoravelmente a ele.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 055/10.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas
Vereadores e Vereadoras, eu quero ser muito rápida, mas evidentemente um tema
tão importante como a iluminação pública municipal merece um registro na
tribuna.
Primeiro, vejam o mérito deste Plano Diretor, que
planeja a política de desenvolvimento do sistema de iluminação pública do
Município. Eu gostaria de dizer que isso é fundamental. Nós estamos vendo em
vários pontos da nossa Cidade, Ver. João Antonio Dib, a ausência de iluminação,
ou iluminação muito fraca, o que, além de ser um problema de segurança, como
falou o Ver. Professor Garcia, enfeia determinados pontos da Cidade, inclusive
os monumentos. Nós estivemos com o projeto Arte Pública no sábado. A ausência
de iluminação certamente deixa um monumento tão bonito como o Monumento aos
Açorianos invisível ou muito pouco visível à noite. Então, a revitalização, uma
política planejada de desenvolvimento do sistema de iluminação da Cidade é
fundamental. Nós, que somos um Partido de oposição à Prefeitura Municipal,
cobramos sempre o que é necessário, fiscalizamos o Executivo, fazemos o debate
político, mas, quando o Projeto é meritório, deve ser reconhecido como tal.
Eu gostaria também de falar da necessidade de o
Projeto sair do papel, de ele não virar só uma carta
de intenções. Infelizmente, o Plano Diretor Cicloviário, que também é um
Projeto muito bom que aprovamos na Câmara, até o presente momento, anda a
passos muito lentos na cidade de Porto Alegre. Ele é fundamental para a
política de integração do sistema de transporte, é fundamental para proteger os
ciclistas e construir uma Cidade adaptada, que garanta o direito ao uso da
bicicleta como é determinado pela lei. Então, que o Projeto não seja apenas uma
carta de intenções e que se efetive o nosso Plano Diretor Cicloviário. Com
isso, quero deixar registrada a nossa posição e dizer que é muito meritória uma
política que valorize o sistema de iluminação municipal.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais
inscritos para fazer encaminhamentos.
Em votação o PLE nº
055/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Parabéns a todos.
Ver. Mario Fraga, pelo que V. Exª permaneça no Plenário, porque teremos uma
votação de Título de Cidadão de Porto Alegre e precisamos de 24 Vereadores.
Apregoo representação
da Verª Maria Celeste no 1º Seminário Abordando a Abordagem Policial, que
acontece no Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre, no dia de hoje.
Apregoo representação
do Ver. Mauro Pinheiro na Audiência Pública sobre Empreendedorismo e Economia
Solidária, no dia de hoje, na Assembleia Legislativa, das 9h30min até às 12h e
das 14h até às 17h, organizado pela Frente Parlamentar das Pequenas e
Microempresas da Assembleia Legislativa.
O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Vossa Excelência está colocando em representação?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, eu estou
apregoando a representação da Câmara.
O SR. REGINALDO PUJOL: Porque isso já
ocorreu.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Está ocorrendo neste momento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Já terminou.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Estou apenas apregoando, a fim de não constar como
ausência no painel, pois estava indevidamente marcado.
Apregoo Licença para
Tratamento de Saúde do Ver. Paulinho Rubem Berta no dia 25 de maio. É
retroativo, é uma Licença de Saúde que já ocorreu.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0201/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 004/11, de autoria do Ver. Toni Proença,
que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Newton Roberto Lopes Boa Nova.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-05-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Em discussão o PR nº 004/11 (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação o PR nº 004/11 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1652/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/10, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que institui o monumento Homenagem de Porto Alegre aos
Bombeiros, a ser erigido na Praça de Espanha, no Bairro Praia de Belas, e dá
outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 27-09-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Em discussão o PLL nº 078/10 (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação o PLL nº 078/10 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Apregoamos Ofício do
Sr. Prefeito Municipal (Lê.): “Ao cumprimentá-la, cordialmente, comunico a
Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, que me ausentarei do Município das 18h02min do dia 30 de maio de
2011 até às 17h21min do dia 1º de junho. No dia 31 de maio de 2011,
participarei, em Brasília, da reunião com a Excelentíssima Presidenta da
República, Srª Dilma Rousseff. Na sequência, comparecerei, no dia 1º de junho,
em São Paulo, à IV Cúpula da C40, primeira Cúpula da C40 no Hemisfério Sul. A
Rede C40 de Liderança das Grandes Cidades contra as Mudanças Climáticas tem
tido um papel importante na disseminação de melhores práticas e de apoio a
políticas sustentáveis em grandes centros urbanos, visando à redução de
emissões de gases de efeito estufa e ao controle global de mudanças climáticas,
constituindo-se, desta forma, em oportunidade ímpar para troca de informações e
experiências de como lidar com o aquecimento global. Registro, por oportuno,
que o ônus para o Município será a cessão de duas diárias e de uma passagem
aérea Porto Alegre/Brasília/São Paulo/Porto Alegre. Atenciosamente, José
Fortunati, Prefeito de Porto Alegre”.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon – às 17h24min): Está encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1714/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 053/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui inc. XIV no caput do art. 2º da Lei nº 7.855, de 25 de setembro
de 1996 – que oficializa, no âmbito do Município, a Semana Farroupilha e dá
outras providências –, e alterações posteriores, ampliando o rol de
instituições com representação na Comissão Especial responsável pela
programação da Semana Farroupilha.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1732/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui os Jogos Florais de Porto Alegre no Anexo I à Lei nº 10.903, de 31 de
maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o
Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses
calendários e revoga legislação sobre o tema –, realizados no último final de
semana de outubro dos anos ímpares.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
Não há mais
inscritos. Está encerrado o período de Pauta. Nada mais havendo a tratar,
agradeço a presença de todos.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h25min.)
* * * * *